A Caveira do Silêncio

por Robert E. Howard


Os homens ainda continuam denominando-o: “o dia em que o rei sentiu medo”, pois Kull, rei da Valúsia, não era, afinal, mais do que um homem. Ninguém havia conhecido a outro mais valente que ele, mas todas as coisas humanas têm seus limites; inclusive a coragem.

Naturalmente, Kull conhecera momentos de receosa preocupação, havia experimentado os frios sussurros do pavor, os repentinos sobressaltos do horror, e até a sombra de um terror desconhecido. Mas aquelas experiências não haviam sido mais que sobressaltos, sentidos nas profundezas da mente, causados, sobretudo, pela surpresa, por algum mistério repugnante ou por alguma coisa antinatural. Se tratava, portanto, mais de repugnância que de verdadeiro medo, pois o medo real era algo tão raro nele, que, quando o experimentou, os homens marcaram o dia.

E, no entanto, chegou o momento em que Kull conheceu o medo, um medo espantoso, terrível e irracional, a ponto de debilitar sua medula e gelar seu sangue. Assim, os homens falaram desde então do dia em que o rei Kull teve medo, embora não falem zombeteiramente, nem o próprio Kull sinta vergonha por isso. Não, porque do modo como aconteceram as coisas, o assunto não fez senão aumentar ainda mais sua glória imortal.

Foi assim que aconteceu:

Kull estava sentado no trono do salão social, sem prestar muita atenção à conversa de Tu, seu conselheiro-chefe; de Ka-nu, o embaixador picto; de Brule, o homem de confiança e mão direita de Ka-nu; e de Kuthulos, o escravo, que era também o maior erudito dos Sete Impérios.

- Tudo é ilusão. – disse Kuthulos – Tudo são manifestações externas da realidade subjacente, que está além de toda compreensão humana, já que há coisas relativas, através das quais o homem possa medir o infinito. O um pode subjazer em tudo, ou bem cada ilusão natural pode possuir uma entidade básica. Todas estas coisas já eram conhecidas por Raama, a maior mente de todos os tempos, que há eras libertou a humanidade das garras de demônios desconhecidos, e permitiu assim que a raça se elevasse para as alturas.

- Ele foi um necromante muito poderoso. – assentiu Ka-nu.

- Não era nenhum bruxo. – disse Kuthulos – Não era nenhum encantador, nem conjurador que buscava a divinização no fígado das serpentes. Não havia nada de falso em Raama. Havia conseguido compreender os cinco grandes princípios, conhecia os elementos e sabia que as forças naturais, estimuladas por causas naturais, produziam resultados naturais. Conseguia seus aparentes milagres, através do exercício de seus poderes, de uma forma natural, tão simples para ele quanto é pra nós acender uma fogueira, e tão distante de nós como seria acender essa mesma fogueira para nossos antepassados, os macacos.

- Então, por que ele não transmitiu todos os seus segredos à raça humana? – perguntou Tu.

- Ele sabia que não é bom o homem saber demais. Algum vilão poderia, dessa forma, subjugar toda a humanidade, e até todo o universo, se soubesse o que Raama sabia. Não, o homem deve aprender por si mesmo, e expandir sua alma à medida que o faz.

- Sim, você diz que tudo é uma ilusão. – insistiu Ka-nu, astuto nas artes de governo, mas ignorante em filosofia e ciência, motivo pelo qual respeitava muito Kuthulos ou seus conhecimentos – Como pode ser? Acaso não ouvimos, vemos e tateamos?

- O que é a visão? O que é o som? – respondeu o escravo – Acaso não é o som a ausência de silêncio, e o silêncio a ausência de som? Mas a ausência de algo não é uma substância material. É... nada. E como pode existir algo que é nada?

- Nesse caso, por que as coisas são o que são? – perguntou Ka-nu, tão espantado quanto uma criança.

- Não são mais que aparências da realidade. Como o silêncio: em algum lugar, existe a essência do silêncio, a alma do silêncio. Em algum lugar, há um nada que é algo. Quantos de vós já percebestes o mais completo silêncio? Nenhum de vós! Há sempre algum ruído, o sussurro da brisa, o esvoaçar de um inseto e até o crescimento das folhas de capim; ou, no deserto, o murmúrio da areia ao deslizar-se. Mas, no centro do silêncio não há o menor ruído.

- Há muito tempo – disse Ka-nu –, Raama encerrou um espectro de silêncio num grande castelo, e o selou ali por toda a eternidade.

- De fato. – assentiu Brule – Eu mesmo vi esse castelo. É um grande vulto negro, que se ergue sobre uma montanha solitária, numa região selvagem da Valúsia. É conhecido desde tempos imemoriais como Espectro do Silêncio.

- Ah! – exclamou Kull, repentinamente interessado na conversa – Meus amigos, isso sim é algo que eu gostaria de dar uma olhada.

- Milorde – disse Kuthulos –, não é bom se intrometer nas coisas feitas por Raama, pois ele era mais sábio que qualquer outro homem. Ouvi contar a lenda segundo a qual, graças às suas artes, ele conseguiu aprisionar um demônio; bem, não com suas artes, mas através de seus conhecimentos das forças naturais; e não um demônio, mas algum elemento que ameaçava a própria raça. O poder desse elemento fica evidenciado pelo fato de que nem sequer Raama foi capaz de destruí-lo; a única coisa que conseguiu fazer foi aprisioná-lo.

- Já basta. – disse Kull, impaciente – Raama está morto há tantos milênios que até me confunde imaginar. Cavalgarei para ir ao encontro do Espectro do Silêncio. Quem me acompanha?

Todos os que ouviram suas palavras, juntamente com cem Matadores Vermelhos – a força de combate mais poderosa da Valúsia –, acompanharam Kull quando este deixou a cavalo a cidade real, nas primeiras horas do amanhecer. Cavalgaram entre as montanhas de Zalgara, e depois de muitos dias de marcha, se encontraram diante de uma montanha solitária, que se elevava sombria sobre o planalto e, em cujo cume, se erguia o grande vulto de um castelo tão negro quanto a noite.

- Este é o lugar. – disse Brule – Ninguém mora num raio de cem léguas deste castelo, nem morou aqui desde quando o homem é capaz de lembrar. Tudo isto se encontra abandonado, como uma região maldita.

Kull parou seu grande cavalo e olhou. Ninguém disse nada, e o rei se deu conta daquela estranha quietude, quase intolerável. Quando falou, todos se sobressaltaram. Ao rei, parecia que ondas de quietude mortal irradiavam daquele tenebroso castelo, que se erguia sobre a montanha. Nenhum pássaro cantava nos arredores, nenhum sopro de vento movia os galhos das árvores esquálidas. Enquanto os cavaleiros de Kull subiam pela inclinação, o ruído dos cascos dos cavalos sobre as rochas pareceu ressoar terrivelmente à distância, até morrer sem eco.

Pararam diante do castelo, que ali se erguia como um monstro escuro, e Kuthulos tentou novamente convencer o rei:

- Pense, Kull! Se quebrares esse selo, podes deixar solto no mundo um monstro cujo poder e frenesi sejam irresistíveis para os homens.

Kull, impaciente e incapaz de se conter por mais tempo, o afastou para um lado. Sentia-se possuído por uma caprichosa perversidade, um defeito muito comum entre os reis; e, embora habitualmente se mostrasse razoável, agora já havia tomado sua decisão e não estava disposto a permitir que nada nem ninguém o afastassem do caminho escolhido.

- Há inscrições antigas nesse selo, Kuthulos. Leia o que dizem.

De má vontade, Kuthulos desmontou e os demais lhe imitaram, exceto os soldados, que permaneceram montados em seus cavalos, como imagens de bronze sob a pálida luz do sol. O castelo se erguia sobre eles como uma caveira sem órbitas, pois não se via janela alguma em nenhuma parte, e só havia uma grande porta de ferro, segura por uma tranca fechada. Ao que parece, o edifício não tinha mais que uma só câmara.

Kull deu umas poucas ordens, relativas à disposição das tropas, e se mostrou irritado ao descobrir que tinha de levantar a voz de forma desproporcionada para que os comandantes entendessem suas palavras. As respostas que lhe dirigiram chegaram até ele como que apagadas e distantes.

Ele se aproximou da porta, seguido por seus quatro camaradas. Ali, de uma estrutura existente junto à porta, pendia um gongo de aspecto curioso, aparentemente de jade, de cor esverdeada, embora Kull não pudesse ter certeza de qual era a cor, pois esta mudou e se transformou diante de seus próprios olhos atônitos, de modo que às vezes seu olhar parecia penetrar nas profundezas de algo, enquanto que outras vezes ele tinha a impressão de estar olhando apenas a superfície. Junto ao gongo, havia um martelo, feito do mesmo e estranho material. Ele o pegou e golpeou levemente com ele, e ficou boquiaberto e quase ensurdecido pelo estrondo que se seguiu, como se todo o som da Terra houvesse se concentrado ali.

- Leia as inscrições, Kuthulos. – ele ordenou novamente.

O escravo se inclinou para a frente, com uma expressão de considerável respeito, pois não cabiam dúvidas de que aquelas palavras haviam sido esculpidas na pedra pelo próprio Raama.

- Que aquilo que foi, volte a ser. – ele entoou – Tenham cuidado, filhos dos homens! – Ele se ergueu, com uma expressão temerosa no rosto: – É um aviso! Um aviso do próprio Raama! Tenha cuidado Kull! Tenha cuidado!

Mas Kull suspirou impaciente, desembainhou a espada, cortou o selo e logo golpeou a grande barra de metal. Golpeou várias vezes, mal consciente do relativo silêncio com que caíam seus golpes. Finalmente, caiu a barra e a porta se abriu.

Kuthulos deu um grito. Kull recuou, sobressaltado... A câmara estava vazia? Não! Não viu nada, não havia nada pra ver e, no entanto, sentiu o ar pulsando a seu redor, como se algo se ondulasse do fundo daquela câmara nauseabunda, produzindo ondas invisíveis. Kuthulos se apoiou em seu ombro e lhe gritou; e suas palavras chegaram até ele, como se houvessem tido que vencer uma distância.

- O silêncio! Isto é a alma de todo o silêncio!

O som parou completamente, os cavalos caíram, e os cavaleiros se desmoronaram de bruços ao chão e permaneceram estendidos sobre a poeira, agarrando as próprias cabeças com as mãos e soltando gritos que não produziam som algum.

Só Kull permaneceu erguido, com a inútil espada erguida à sua frente. Silêncio! O mais profundo e absoluto dos silêncios! Ondas palpitantes do mais imóvel dos horrores. Os homens abriram as bocas e gritaram, apesar de não fazerem nenhum som.

O silêncio penetrou na alma de Kull; encaixou seus ganchos ao redor de seu coração, enviou tentáculos de aço ao seu cérebro. Ele agarrou a própria testa, atormentado; o crânio parecia querer explodir, se despedaçar. Na onda de horror que lhe envolveu, Kull teve visões avermelhadas e colossais: o silêncio estendendo-se por toda a Terra, pelo universo inteiro. Homens que morriam em silêncio, balbuciando de forma ininteligível; o rugido dos rios, o estalo das ondas dos mares, o som dos ventos, tudo se desvaneceu e deixou de existir. Todo o som ficou afogado pelo silêncio. Um silêncio que destroçava a alma, que despedaçava o cérebro, que fazia desaparecer todo sinal de vida sobre a Terra, que se elevava monstruosamente para os céus, esmagando o próprio canto das estrelas.

E foi então que Kull conheceu um medo, um horror e um terror insuperáveis; algo cruel, assassino da alma. Enfrentando sua visão fantasmagórica, ele vacilou e cambaleou como um bêbado, fora de si por causa do medo. Oh, deuses! Que houvesse um som, mesmo que fosse apenas o mais leve, o mais fraco dos ruídos. Kull abriu a boca como os demais que uivavam atrás dele, e o coração quase lhe saiu do peito em seu esforço sobre-humano para gritar.

A quietude palpitante zombou dele. Kull bateu com a espada na soleira de ferro da porta. E as ondas palpitantes continuavam fluindo da câmara, agarrando-o, rasgando-o, zombando dele, como um ser sensível e cheio de vida.

Ka-nu e Kuthulos permaneciam imóveis. Tu se retorcia sobre o ventre, segurando a cabeça com as mãos, uivando sem som algum, como um chacal moribundo. Brule se revolvia sobre a poeira, como um lobo ferido, e agarrava cegamente a bainha de sua espada.

Agora, Kull quase podia ver a forma do silêncio, o terrível silêncio que surgia de seu espectro para fazer estourar os crânios dos homens. Se retorcia, se revolvia em espasmos e sombras cruéis, e ria dele! Vivia! Kull cambaleou e perdeu o equilíbrio; e, ao cair, seu braço estendido bateu no gongo. Ele não ouviu som algum, mas percebeu um claro palpitar, um sobressalto das ondas que lhe envolviam, uma leve retirada involuntária destas, como a mão do homem que se afasta abruptamente das chamas.

Ah, o ancião Raama havia deixado um salvo-conduto para a raça, mesmo depois de sua morte! De repente, o cérebro atordoado de Kull compreendeu o enigma. O mar! O gongo era como o mar: mudava suas tonalidades verdes, nunca estava quieto, o mesmo parecia profundo apesar de superficial, e nunca permanecia em silêncio.

O mar! Vibrante, pulsante, rangendo dia e noite sem descanso; esse era o maior inimigo do silêncio. Tonto e sentindo profundas náuseas, conseguiu agarrar o martelo de jade. Os joelhos lhe dobraram, mas ele se firmou, apoiando-se com uma das mãos ao batente da porta, segurando o martelo com a outra, sustentando-o com um desespero mortal. O silêncio voltou a surgir, raivoso, envolvendo-o.

Mortal, quem é você para se opor a mim, que sou mais velho que os deuses? Antes que houvesse vida, eu já existia, e continuarei existindo muito depois de a vida se extinguir. Antes que nascesse o som invasor, o universo estava em silêncio, e voltará a ficá-lo, pois me estenderei por todo o cosmos e matarei o som... matarei o som... matarei o som! Matarei o som!

O rugido do silêncio reverberou pelas cavernas do cérebro desmoronado de Kull, como um cântico monótono e abismal, enquanto ele golpeava o gongo uma vez após outra... e outra, e mais outra.

E, a cada golpe, o silêncio recuava; centímetro a centímetro, ia retrocedendo. Para trás, para trás e para trás. Kull renovou a força dos golpes que dava com o martelo. Agora já podia perceber debilmente o distante som do gongo, por cima de vazios inimagináveis de quietude, como se alguém, no outro lado do universo, golpeasse uma moeda de prata com o prego de uma ferradura de cavalo. E, a cada diminuta vibração de som, o vacilante silêncio se sobressaltava e se encolhia; os tentáculos se encurtavam, as ondas se contraíam, o silêncio se encolhia.

Para trás, para trás, cada vez mais para trás. Agora, os fragmentos que restavam se ergueram no umbral e, atrás de Kull, os homens sussurravam e se punham de joelhos, com as mandíbulas penduradas e os olhares vazios. Kull arrancou o gongo da estrutura que o prendia, e avançou em direção à porta. Era como o lutador que se dispõe a dar o último golpe. Não havia acordo possível para ele. Desta vez, a grande porta se fecharia para sempre sobre o horror. Todo o universo deveria estar parado para contemplar um homem que, por si só, justificava a existência da humanidade e que escalava as sublimes alturas da glória em sua suprema expiação.

Ele parou na soleira da porta, se defrontando com as ondas que ainda pendiam ali, sem deixar de golpear o gongo. Todo o inferno pareceu fluir a seu encontro, vindo daquela coisa cuja última fortaleza ele invadia. Agora, todo o silêncio voltava a ficar encerrado na câmara, obrigado a recuar devido aos estrondos inconquistáveis do som, um som concentrado a partir de todos os ruídos e sons da Terra, aprisionado pela mão perita que há tempos havia conquistado tanto o som quanto o silêncio.

E aqui, o silêncio reuniu as forças que lhe restavam para lançar um último ataque. Infernos de frio silencioso e de chamadas sem ruído formavam redemoinhos ao redor de Kull. Aqui havia uma coisa, elementar e real. O silêncio era a ausência de som, havia dito Kuthulos, o escravo que agora se arrastava e balbuciava em um nada vazio.

Aqui havia algo mais que uma ausência, porque se tratava de uma ausência cuja máxima ausência se transformava numa presença, uma ilusão abstrata transformada numa realidade material. Kull não recuou: cego, atordoado, assombrado, quase insensível à furiosa investida das forças cósmicas sobre ele, sobre sua alma, seu corpo e sua mente. Envolto pelos ondulantes tentáculos, o ruído do gongo morreu novamente, mas Kull não deixou de golpeá-lo com o martelo. Seu torturado cérebro oscilou, mas ele fixou os pés contra o batente da porta e se lançou poderosamente para a frente. Encontrou uma verdadeira resistência material, como uma onda de fogo sólido, mais quente que a própria chama e mais fria que o próprio gelo. Apesar de tudo, continuou empurrando e sentiu que aquilo cedia... cedia.

Centímetro a centímetro, passo a passo, foi abrindo caminho no interior da câmara da morte, empurrando o silêncio à sua frente, obrigando-o a recuar mais e mais. A cada passo que dava, sentia uma tortura demoníaca que lhe fazia gritar; cada um de seus passos era um inferno que lhe destroçava. Com os ombros abatidos, a cabeça baixa, os bracos se levantando e caindo com um ritmo espasmódico, como a puxões, Kull continuou abrindo caminho, e grandes gotas de sangue se acumularam sobre sua testa, descendo incessantemente.

Atrás dele, os homens começavam a se levantar, cambaleantes e atordoados, fracos e tontos pelo silêncio que havia invadido seus cérebros. Olharam para a porta, onde o rei continuava lutando sua batalha mortal pelo universo. Brule se arrastou às cegas para a frente, levando consigo a espada, ainda atordoado e deixando-se levar unicamente por seu instinto tenaz que lhe impulsionava a seguir o rei, mesmo que aquele caminho conduzisse ao inferno.

Kull obrigou o silêncio a recuar mais e mais, passo a passo, e sentiu que este enfraquecia pouco a pouco, que ficava cada vez menor. Agora, o som do gongo havia aumentado, e continuava aumentando sua potência. Enchia a moradia, a Terra, o céu inteiro. O silêncio se encolhia diante dele; e à medida que diminuía, que se via obrigado a encolher sobre si mesmo, foi adquirindo uma forma horrenda, que Kull percebeu sem poder vê-la. Seu braço parecia morto, mas fez um poderoso esforço e redobrou a potência dos golpes. Agora o silêncio estava encolhido num canto, diminuindo cada vez mais. Mais um último golpe! E todo o som do universo se acumulou num só rugido, num uivo, numa perturbadora explosão que abrangeu tudo. O gongo explodiu em um milhão de diminutos fragmentos, e o silêncio gritou!



Tradução: Fernando Neeser de Aragão (fernando_arag@yahoo.com.br).

Fonte: http://www.vb-tech.co.za/ebooks/Howard%20Robert%20E%20-%20Kull%2001%20-%20Kull%20-%20FF.txt
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