em 07/10/2004
Autores: A Rainha das Amazonas (Parte II) - Larry Hama (texto) & Alcatena (arte); Os Ventos Flamejantes de Khitai - Roy Thomas (texto), John Buscema & Ernie Chua (arte); Capa - João Silveira.
Data de lançamento: Dezembro de 2002
Preço: R$ 4,40
Sinopse: A Rainha das Amazonas (Parte II) - Fugindo da Cidade das Amazonas, Conan se depara com salteadores prestes a invadir a cidade.
Apanhado no fogo cruzado, o cimério toma parte das guerreiras e, após a derrocada dos bandidos, retorna com a única sobrevivente das amazonas naquela incursão, Danae.
Após ajudar a rainha numa rebelião local, o gigante de bronze assume o comando das amazonas para defender a cidade da invasão corsária.
Ao fim do combate, Conan dá uma prova de sua sagacidade.
Os Ventos Flamejantes de Khitai - Em uma missão de espionagem para o Rei Yildiz, de Turan, Conan chega à distante cidade oriental de Wan Tengri, na fronteira ocidental de Khitai.
Lá, descobre que um grupo de magos dominou a cidade, infligindo o medo com chamas místicas que cobrem os céus da cidade.
Por ser jovem e impetuoso, Conan se envolve em situações que, por pouco, não causam sua morte.
Comentários: Edição muito boa, a começar pela excelente arte de capa de João Silveira.
A revista traz a conclusão da história A Rainha das Amazonas que, por sinal, estava cheia de exageros. Contudo, a arte de Alcatena suplantou até mesmo as falhas no argumento, como o relato de Malekhar, o líder corsário, sobre como os cimérios repeliram um ataque vanir usando arqueiros para 'obrigar a cavalaria inimiga a correr para uma passagem estreita...' (página 13, último quadro).
Existem duas alternativas para essa falha grotesca: a primeira é que, talvez, Malekhar esteja mentindo - o que não é improvável -; e a segunda, e mais provável, é que o argumentista Larry Hama realmente não entende nada de Era Hiboriana.
Os cimérios não conheciam o uso do arco e flecha, e os vanires muito dificilmente teriam cavalos para suprir uma cavalaria. Eles realmente os tinham em algumas tribos, mas eram poucos.
Já a clássica Os Ventos Flamejantes de Khitai é uma aventura primorosa. A primeira vez que foi publicada no Brasil foi no Almanaque Conan - o Bárbaro # 2 , de 1983, em formatinho e colorida. Originalmente, estendeu-se pelas revistas Conan - The Barbarian # 32 a 34, em 1973.
Um fato curioso e um tanto intrigante, é sobre a terceira capa da edição. Segundo o editor, Fernando Bertacchini, a arte é obra do artista Nick Jainschigg. Até aí, nenhum problema. Mas, de acordo com Claudio Carina, antigo editor de Conan, que havia idealizado um desafio aos conanmaníacos para que adivinhassem os autores de algumas capas da extinta Espada Selvagem de Conan, o autor seria Joe Chiodo, conhecido ilustrador do cimério.
Essa arte foi publicada como capa da edição 79 de ESC. O resultado do desafio foi publicado em ESC # 117. Quem quiser, pode conferir.
Então, fica a dúvida: quem é o autor, afinal? Joe Chiodo ou Nick Jainschigg? Confesso não saber, mas aposto na segunda opção.