(por Robert E. Howard)
Encaixado no oeste meditativo, pendia um sol negro,
E sombras gigantescas obstruíam o mundo moribundo.
E cegos oceanos negros andavam às cegas; suas gavinhas se
enrolavam
E torciam e caíam em ramilhetes emplumados, e se aderiam,
Galgando as escadas de granito, degrau por degrau,
As quais os mantinham distantes das tribos, cujos gritos de
morte eram agudos e penetrantes.
Acima, fogos profanos desfraldavam asas vermelhas...
Cinzas flutuavam de onde elas batiam.
Um demônio se agachava, o queixo apoiado num punho bruto,
Segurando firmemente uma bola de cristal entre os joelhos;
Sua boca de caveira se escancarou, e seu olho brilhou
gelado.
O cristal se espatifou lá embaixo – sob os mares.
As terras escuras afundaram – isoladas numa bruma
incendiada.
Um sol pintado pendeu num céu sem estrelas.
Tradução:
Fernando Neeser de Aragão.