Já quebrei as leis do homem e de Deus,
Já lancei minha luva de armadura pelo mundo.
Desviei-me dos caminhos que trilhei na juventude...
Lá longe, a Bandeira da Caveira esvoaça desfraldada.
Rio da Morte e zombo da Vida.
Dirigi minha proa através de mares de sangue.
Conheci as glórias da luta sangrenta
E já tatuei os ossos cruzados em minha testa.
Já desnudei meu peito contra a força do vento marítimo;
Naveguei por caminhos vermelhos, além do conhecimento dos
homens do mar.
Já espalhei destruição vermelha ao longo do meu percurso.
De mulheres violentadas e homens massacrados.
Já naveguei nos dentes de auroras sangrentas
E corri pelo pôr-do-sol sobre mares escarlates.
Já naveguei onde o Inferno de abismo vermelho boceja,
E já enfrentei os icebergs
onde as estrelas brilham frias.
Agarrei minha vontade no cabo da espada
E mantive a minha própria pela ponta da lâmina,
A despeito do inimigo ou de minha própria horda selvagem,
Fosse ouro de homem ou beleza de moça.
Já tive meu prazer em matança e navios naufragados,
E meu fim será totalmente intrépido,
Com a espada quebrada num convés sangrento
Ou o grasnar do corvo na viga da forca.
Tradução:
Fernando Neeser de Aragão.
A Seguir: A
Taverna.