Reflexões de Quem Sabe Que Vai Morrer

(por Robert E. Howard)


A Porta Negra se abre e a Muralha Negra se ergue, enquanto cai a Noite.

A luz das Tochas mostra o Papel e o Pó como prêmios para o homem.

Os Tambores da Glória perderam-se no tempo e pés descalços perderam-se na trilha.

Que o meu nome desapareça das páginas impressas.

Sonhos e Visões se tornaram esmaecidos.

O crepúsculo vem chegando e ninguém me pode salvar.

Pois que assim seja.

Deixem que eu fale do Túmulo que me deram.

Por que iria eu fugir à despedida?

Minha Alma se envolve numa Nuvem Negra.

E dentro da Noite me acenam com uma MORTALHA.

Agora as Torres estremecem e as Estrelas desfalecem.

Caveiras se amontoam no covil do Demônio.

Meus pés são tocados pelo ribombar do Trovão.

Fisgadas de agonia ferem o meu Cérebro.

E agora? Onde está o Mundo que deixo para sempre?

Fantasmas se formam a perder de vista...

E que eu seja arrastado pelo rio de ébano pela Noite afora...
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