em 07/10/2004
QUANDO BARBAROS DO NORTE SE DIGLADIAM
ESCRITO POR EVANDRO MARTINIDE MORAES
A neve caia ferrenhamente como uma chuva de setas, o cavalo enterrava suas patas uma a uma no macio tapete de flocos brancos, levava em sua garupa um cimério, de corpo hercúleo e cabelos longos, vestido com muitas peles de ursos, que davam um tom de cor preto e marrom.
- Crom! Que tempo maldito me mandam os deuses dos povos de Nordheim.- exclamou Conan.
Cercado por imensas montanhas, onde os picos parecem encostar na morada dos deuses, ele prossegue sua dura jornada através de florestas sombrias. Quando depois de algumas horas ele avista, não muito longe, a morada de seu amigo, um forte totalmente cercado por pontiagudas toras de madeira, onde lá dentro se encontra um pequeno vilarejo, com uma robusta construção de madeira bem no centro, ostentando orgulhosamente as bandeiras vermelhas com machados cruzados desenhados em preto.
Chegando a frente dos imensos portões, Conan para seu cavalo, que relincha e expele baforadas de vapor de suas narinas. O cimerio grita um nome bem conhecido pelo povo daquele vilarejo, e os guardas nas suas guaritas, com seus arcos e flechas apontados para ele, perguntam o que ele quer com o soberano daquele lugar.
Conan responde:
- Quero falar com seu senhor, diga a ele que é Conan da Ciméria que deseja vê-lo .
- E porque meu senhor falaria com um cimério - replica o guarda.
- Porque conheço Hermil há muitos anos cão, ele iria mandar torturá-lo se soubesse que você não me deixou entrar.
A sentinela irritadiça ordena a outro que vá e dê a informação a sua alteza. Minutos depois, ele retorna com a informação, sussurrando-a nos ouvidos do guarda que vigia Conan, o guardião baixa o arco e acena com a cabeça para o cimerio.
Os portões se abrem com um abafado ranger, o bárbaro entra lentamente com seu cavalo, as pessoas na rua prestam atenção na figura guerreira que cavalga vagarosamente, em direção a grande morada no centro da fortificação. Descendo de seu cavalo em frente a nobre construção, Conan sobe alguns degraus, e logo está no interior do palacete, o chefe daquele vilarejo, sentado em seu trono, com sua aparência rústica, nem parece ser um nobre, mas sim um guerreiro.Tinha cabelos e barbas compridos, um corpo musculoso e olhos frios como o gelo. Ao seu lado estavam seu elmo e espada.
Ao ver que Conan se aproximava em sua direção, não pode conter a alegria que tomava conta de seu espírito, pois há muitos anos não via o bárbaro, e soltou uma enorme gargalhada quando apertaram as mãos .
- Por mitra, quanto tempo não lhe vejo Hermil.- disse Conan.
- A última vez que te encontrei foi quando massacramos um grupo de vanires na fronteira com a Cimeria, e isso já faz doze anos - respondeu Hermil.- Sente-se Conan, aproveite o luxo da minha hospitalidade, deve estar com fome, mandarei que tragam vinho e porco assado para satisfazer sua vontade.
Estavam em uma enorme sala, decorada com peles de animais no chão e nas paredes, onde armas bárbaras incrementavam com um tom rústico. Tochas flamejantes iluminavam o lugar, e uma lareira onde o fogo crepitava, aquecia todo o cômodo, protegendo-o do terrível frio do norte. Uma enorme mesa redonda ficava no centro do lugar, onde Conan fez sua refeição e agora conversa com Hermil.
- Por onde andou todos esses anos Conan? - pergunta Hermil.
- Por tantos lugares que muitos não me recordo.- respondeu Conan.
- E em Aesgaard, como vão as coisas? - pergunta o gigante cimério.
- Ultimamente os ataques vanires têm intensificado na fronteira com Vanaheim. Aqui no meu território não ocorreu nada por enquanto.- responde Hermil.
Conan diz:
- Isso não é novidade, vanires e aesires sempre brigaram.
- Sim, sempre brigamos, mas nos últimos dois meses as coisas estão diferentes. Corre boatos que toda Vanaheim uniu-se para tomar conta de todo território Aesgaardiano, e isso é bem diferente do que conflitos de tribos isoladas. Mas de qualquer maneira, enviei dois homens à fronteira com Vanaheim, para me trazerem informações sobre essa possível guerra, amanhã devem estar de volta, pois já fazem oito dias que partiram.- falou Hermil.
- Se for para matar vanires, você tem minha força e minha espada como aliados, e claro, com algum preço.- Conan responde.
A conversa entre os dois guerreiros se estica até a noite, regada com muito vinho que os faz entorpecer até cambalear.
De repente, Hermil dirige a palavra a Conan:
- Bem já está tarde. Ymir, como bebi, mau consigo me levantar! Bem amigo, minhas criadas lhe mostrarão seu quarto, fique a vontade se quiser dormir com algumas delas.
O gigante de aço levanta-se totalmente entorpecido pelo vinho que bebeu, e as criadas do soberano o levam ao seu quarto. Como todo homem faria, ele escolhe uma das belas mulheres para fazer-lhe companhia naquela fria noite, e ela sem se recusar nem um pouco, e atraída pelos encantos do bárbaro. Hermil como tal, não consegue resistir às formosuras de uma de suas servas, e a seleciona para acompanhá-lo em sua cama naquela noite.
Quando o dia amanhece, Conan é despertado por uma voz feminina que bate a porta de seu quarto. Ele se veste e abre a porta, é uma das servas de Hermil que se encontra do outro lado
- Milorde deseja vê-lo senhor, e vim buscar a mulher que passou a noite aqui.
O cimério acena com a cabeça positivamente, e vai à sala do trono falar com Hermil. Lá, esse lhe fala:
- Conan,meus dois homens de que lhe falei estão prestes a chegar, e estou com um pressentimento que as notícias não são agradáveis.
- Hoje veremos amigo, hoje veremos.-responde Conan.
Os dois guerreiros resolvem sair para caçar, num bosque nas proximidades do forte, no meio da caçada, quando Hermil está prestes a disparar uma seta contra um veado, um cavaleiro de seu forte chega repentinamente, espantando assim o animal.
- Maldição! - exclama Hermil. Pelos deuses homem, não podia ser mais calmo em sua chegada!
- Desculpe Milorde, trago noticias interessantes, por isso me apressei, os dois homens que mandou à fronteira com Vanaheim retornaram, querem vê-lo pois dizem que trazem informações urgentes, e insistiram muito para que eu o fosse chamar.
- Estava ansioso por isso.- falou Hermil. Vamos Conan, precisamos falar com esses homens agora.
Ambos montaram em seus cavalos e partiram em direção ao forte.
Chegando lá, Conan e Hermil ouviram atentamente os dois homens.
- Então, o que esta acontecendo na fronteira com Vanaheim? -pergunta o soberano.
Korvein, um dos homens que foi enviado responde:
-Meu senhor, todas as aldeias e vilarejos, da fronteira de Vanaheim aqui para Norgar, estão destruídas, e milhares de mulheres, homens e crianças mortos.
Indestaf, o outro mensageiro toma a palavra:
- Eles estão avançando Milorde, e chegarão aqui em Norgar em dois ou quatro dias, e uma imensa horda vanir, com uma cavalaria bem armada, está devastando e se apoderando das terras que encontram em seu caminho.
- Parece que estava certo Hermil.- disse Conan.
Hermil fitou Conan com seu olhar frio, e disse:
- Porcos vanires, vamos avisar todos os outros clãs que restaram, nos uniremos aqui em Norgar e combateremos o inimigo, pois o único forte daqui até a fronteira com a Hiperbórea é Norgar, é melhor determos a invasão aqui. Korvein e Indestaf?
- Sim meu senhor.- os dois mensageiros respondem.
- Quero que se preparem, descansem um pouco e cavalguem daqui até a fronteira com a Hiperbórea, avisando todos os clãs sobre esta noticia,e digam a eles sobre meu plano, enviarei mais alguns homens com vocês, espalhem-se, assim será mais rápido.
- Quantos homens aproximadamente possuem os vanires? - pergunta Conan aos mensageiros.
-100 Mil homens mais ou menos. - responde Korvein.
E os dois homens vão seguir as ordens de seu rei.
- Vamos ter uma guerra. - fala Hermil.
- E eu pretendo banhar minha espada em sangue vanir.- falou Conan.
- Conan.- Replica Hermil. Quer ser o general e comandar os clãs aesires?
- Aceito sua proposta, mas quero como pagamento, dois cavalos para minha viagem e um elmo cheio de ouro.
- Está bem. - disse Hermil. É um preço justo, pois você sabe comandar muito bem um exército, e duvido que qualquer aesir aqui comande-o melhor que você.
No mesmo dia a tarde, os homens de Hermil saíram em viagem para divulgar a notícia e o plano de seu rei, enquanto que toda Norgar preparava-se para a futura batalha, Conan, o general que comandara o ataque contra os vanires, também não tardou a usufruir do trabalho pesado .
-Escutem homens.-falou Conan aos seus subordinados.Vamos cavar um fundo fosso que cerque o forte,construiremos uma ponte para podermos sair quando desejarmos e dentro do fosso colocaremos grandes estacas pontiagudas de madeira.Vamos,temos muito trabalho a fazer..
E assim se seguiu um árduo dia de trabalho,para Conan e todos os habitantes de Norgar.
Passados três dias, o forte estava totalmente armado para a batalha,arcos e flechas em pontos estratégicos por todo lugar,e vários outros elementos de ataque e defesa.
No mesmo dia,os homens que Hermil enviou para trazer outros clãs estavam sendo vistos ao longe pelos olhos azuis do cimerio.
-Hermil.-falou Conan.Os homens que você enviou estão voltando com um imenso numero de clãs.
-Onde .-disse Hermil.
-Ali,perto daquelas colinas.-respondeu Conan.
Milhares de guerreiros loiros montados em seus cavalos,repletos com elmos de chifres,carregando em suas poderosas mãos machados,espadas embainhadas em suas cinturas ,escudos,arcos,flechas,vestidos com peles de animais,onde alguns deles,por de baixo das mesmas,usavam reluzentes armaduras de aço,ornamentadas com desenhos de animais selvagens.
Hermil soltou uma imensa gargalhada,e falou:
-Bem Conan,parece que vai haver uma batalha.
E saiu a passos largos para esperar seus compatriotas.
Quando todos os guerreiros já se encontravam dentro do forte,Conan lhes dirigiu a palavra:
-Quero lhes dizer que sou Conan da cimeria e comandarei esta batalha,dois clãs ficarão aqui no forte,caso os vanires passem por nos ...
Neste momento um guerreiro interrompe Conan:
-Não vim aqui para ficar escondido como uma mulher atrás dessas muralhas.
-Eu sou o general cão,seguira as minhas ordens ou então volte para casa.
Alguns ficarão aqui para defender o forte,os outros irão comigo para o campo de batalha,os clãs que ficarão no forte são Vikingar e Esguan.Mandamos um homem fazer o reconhecimento de a qual distancia se encontra o inimigo,deve voltar ainda hoje.
-General!
Grita um dos soldados que monta guarda.
-Nosso homem vem vindo. -fala o soldado.
Conan olha por sobre a murada,e vê que o homem que enviou teve a cabeça decepada,e o corpo firmemente amarrado no cavalo.Trazia um bilhete dizendo:´´A morte vem com o sol´´.
Conan sabe que os vanires atacarão no outro dia quando o sol nascer,então ele entoa as seguintes palavras:
-Bem homens ,a batalha terá inicio amanha quando o sol nascer, regaremos o chão Aesgaardiano com sangue vanir.
E todos os guerreiros nórdicos emitem gritos de fúria.
Quando o sol nasceu no outro dia,todos os homens de Norgar estavam preparados para a batalha .O exercito de Conan formava uma grossa linha imensa,que se encontrava a uma longa distancia do forte.Os soldados que ficaram em Norgar,para a guarnição da fortaleza,se encontravam atentamente em suas posições estratégicas a espera do ataque.
Todos os guerreiros Aesires estavam impacientes montados em seus robustos garanhões ,e a adrenalina que tomava conta de seus corpos,aumentou ainda mais quando avistaram,não muito longe,o potente exercito vanir,com a cavalaria a frente e muitos poucos homens atrás,correndo a pe com incandescente fúria.
O líder vanir era Ragnar,do clã Ragnarok,um homem alto,com cabelos e barbas vermelhos,um machado em sua mão direita,e as rédeas do cavalo na outra,o vento frio esvoaçava seus cabelos tingidos de sangue de guerras passadas ,uma armadura cor de cobre ,com uma serpente desenhada em seu peitoral,cobria seu corpo,em seus titânicos braços tatuados de forma tribal,braceletes de ouro davam um tom luxurioso.Um pouco atrás,os guerreiros de inúmeros clãs vanires,com seus respectivos homens carregando orgulhosamente a bandeira de cada clã,não muito diferente dos homens de Conan ,seguiam o homem que decidiu apoderar-se das terras Aesgaardianas.
Conan ao calcular o momento certo de partir para cima do inimigo,emite um apavorante grito,o grito de guerra cimerio,e da o sinal para que todos avancem em direção ao oponente.Com sua armadura cor de prata,um elmo de chifres em sua cabeça,e espada empunhada,ele põem seu cavalo a correr ,junto com Hermil que se encontra ao seu lado,armado com sua espada ,uma negra armadura com machados ornamentados em seu peito,e um elmo de chifres protegendo seu crânio ,ele seugue o general cimerio em busca de sangue vanir.A loucura e a gritaria que todos guerreiros,de ambos os lados produzem,faz aumentar ainda mais o gosto pela vingança.
O vento frio,reforçado ainda mais pela velocidae que correm os cavalos ,corta como aço os rostos dos nortistas de ambos os lados.Na hora em que todos se chocam,uns contra os outros ,a morte começa a ceifar sua safra humana.Aço contra aço se degladiam ,o cimerio escapa de dois golpes mortais,desferidos por uma lança,semelhança igual não acontece com seu adversário ,que no primeiro golpe mortal da espada de Conan,vê seu ventre sendo aberto acompanhado de um jorro de sangue.
Hermil no entanto,tem seu cavalo morto por uma machadada vanir,apesar disso,o guerreiro loiro não se sai mal ao lutar contra dois gigantescos ruivos,que aos poucos são derrubados pelos golpes de sua arma.No clamor da batalha,Hermil vê Conan desmontado de seu cavalo a alguns metros de distancia,matando,ferindo,decepando e destrocando seus inimigos como se fossem de seda.
Ragnar,do clã Ragnarok,e um bravo guerreiro e luta com fúria,decapitando inumeras cabeças em cima do dorso de seu cavalo armado com seu machado de duas laminas,que corta facilmente ossos e carne,ele avança ímpeto para a tempestade da batalha,onde encontra Conan,este com sua armadura banhada de um tom escarlate, o encara friamente e o desafia com um grito estridente.Ragnar avança em direção ao cimerio demonstrando intensa valentia,Conan desfere um golpe no animal que trazia o ruivo,fazendo este cair com violência no chão,Ragnar levanta-se,e ataca ferozmente Conan,dois titãs enfrentam-se,ansiosos para derramar o primeiro sangue lutam como animais,Conan ao cair no solo,se apodera de um machado de guerra,cujo seu dono jaz sem vida.Armado agora de machado e espada levanta-se com extrema velocidade,sendo assim ferido profundamente em seu braço,isso faz o ódio dentro de si flamejar ainda mais,combatendo Ragnar com forca e rapidez,o fere seriamente na coxa,o que o traz determinado alivio.
Por alguns minutos,o combate entre os dois barbaros se prolonga,enquanto isso,os exércitos aesires tem mais triunfo sobre os estrangeiros,contra os quais o senhor de Norgar ,luta com destreza,mesmo depois de ser atingido em sua perna.
A luta entre Conan da cimeria e Ragnar de Vanaheim,e finalizada quando Conan,ao escapar de um golpe do machado de Ragnar ,o atingi letalmente com seu machado no pescoço,produzindo um imenso corte na jugular do bárbaro ruivo do norte,o cimerio empunha sua espada contra o pescoço de Ragnar,este com suas forcas esgotadas demais para se defender,sente a fria lamina de aço passar entre as carnes de seu pescoço,e sabe que logo estará no Valhalla,com inúmeros guerreiros que morreram em batalha assim como ele.A cabeca de Ragnar separa-se do corpo ,e rola pelo campo de batalha.
Pondo um fim no general que liderou a invasão vanir,Conan olha ao seu redor e vê que poucos guerreiros inimigos ainda resistem,e sabe que a vitória foi alcançada pelos homens que comandou.Hermil caminha mancando na direção do cimerio,arrastando sua espada e com sua respiração resfolegante fala:
-Vencemos a batalha ,creio que ninguém tentou invadir Norgar.
-Com a matança que ocorreu aqui e bem provável.-falou Conan.
-Hoje os deuses devem estar contentes,pois a Valhalla esta repleta de bravos guerreiros que se embebedam com Hidromel,um dia minha hora chegara homem,mas não agora,ainda tenho muitas batalhas para travar.-fala Hermil.
Conan reúne seus homens,que não teve muitas baixas,e parte para retornar ao forte .Chegando la,vêem alguns poucos homens empalados nas estacas de madeira dentro do fosso que o cimerio ordenou que construissem.Os homens dentro da fortaleza ,ao perceber a chegada de seus defensores,abrem os portões e baixam a ponte para a entrada triunfal do exercito de Conan,sendo assim recebidos com gritos de alegria da multidão eufórica.
O cimerio aproxima-se do homem que encarregou de liderar o forte,enquanto estavam na batalha e diz:
-Pelo que vejo tentaram invadir.
-So alguns homens,conseguimos dete-los com facilidade.-falou Karsner.
Hermil decide comemorar a vitória de sua gente com muita cerveja,e não demora muito para as ruas de Norgar estarem repletas de aesires com canecas em suas mãos transbordando de tanta cerveja.
-Venha Conan,nos embebedemos em meu palácio.Vamos comemorar a nossa vitória.-disse Hermil.
-Tenho que partir homem,e por Crom,eu quero meu pagamento agora.-diz o bárbaro.
O senhor de Norgar paga o debito que prometeu a Conan,e este prepara-se para tomar seu rumo.
-Por Ymir ,cuide-se,que os deuses do norte o acompanhem em sua jornada.-fala Hermil.
-Ate a próxima batalha,Hermil de Aesgaard ,senhor de Norgar,que os deuses cruzem nossos caminhos,como amigos e nunca como inimigos.-disse Conan.
-Adeus Conan da Cimeria,lamento você não querer tomar um lugar em minha mesa .
E o guerreiro cimerio segue sua viajem solitária,abaixo de neve que cai serenamente,levando consigo o pagamento de seu amigo,que lhe sera muito útil,quando pechar com a primeira taverna.