Conan: Capítulo 9 - Nômade e Mercenário Outra Vez (37 a 39 anos)

por Fernando Neeser de Aragão
em 07/10/2004

Cronologia de Conan, o Bárbaro

Interpretada por Fernando Neeser de Aragão
Baseada parcialmente na obra de Robert E. Howard, John D. Clark, P. Schulyer Miller. Jim Neal e Marvel Comics

CAPÍTULO 9

NÔMADE E MERCENÁRIO OUTRA VEZ (37 a 39 anos)

Reencontros

Após saquear vários navios, tanto de Argos quanto de Zíngara, Conan acaba tendo seu navio afundado, por zíngaros, ao largo de Shem. Seguindo para Asgalun, o Bárbaro encontra uma delicada donzela chamada Rosina. Posteriormente, é contratado por um nobre para roubar uma antiga coleção de estatuetas de cristal - mas desiste da idéia, quando descobre que as estátuas pertencem à jovem. Mesmo assim, o mítico Conclave de Cristal é roubado por dois irmãos feiticeiros, e o Cimério vai ao auxílio de Rosina (A Vingança de Nitocris/ ESC 127). A seguir, ele se alista nos Companheiros Livres de Zarallo (apenas mais um grupo de mercenários com esse nome). Zarallo conduz sua tropa para a fronteira de Darfar com a Stygia, na cidade de Sukhmet. Durante uma patrulha de reconhecimento, Conan acaba salvando uma caravana do ataque dos selvagens darfaris e descobre que Valéria estava no comando da mesma. Após enfrentarem mais alguns selvagens canibais, Conan e Valéria chegam a Sukhmet, onde a aquiloniana se alista nos Companheiros Livres. Ao resistir aos avanços de um oficial, a loira acaba matando seu superior e foge. Valéria é perseguida pelo irmão do oficial morto, mas nem fica sabendo, pois Conan mata o homem antes que esse encontrasse a loira (Espadas de Sukhmet/ ESC 129). Conan acaba alcançando Valéria na floresta próxima a Suchotl, uma misteriosa cidadela, onde os dois adentram após Conan matar um dragão que rondava a floresta. Dentro da cidadela, a dupla se envolve numa rixa de décadas entre os xotalancas e os tecuhltlis, duas facções que habitavam Suchotl. Quando Conan e Valéria deixaram a cidadela seus habitantes já estavam extintos (A Cidadela dos Condenados/ ESC 2).

Seguindo cada vez mais para o sul, a dupla se envolve novamente com uma rixa entre povos, desta vez são os ilhéus ichiribus contra os nativos kwanyis. Considerados espíritos enviados pelos deuses, Conan e Valéria ajudam os ichiribus a derrotar seus inimigos, mas não saem de mãos vazias (Conan e os Deuses da Montanha/ ESC 122 a 124). Perdidos na floresta tropical, Conan e Valéria são resgatados por um feiticeiro capaz de controlar crocodilos e, mais uma vez, se envolvem numa disputa entre duas tribos (Rio de Sangue/ ESC 191). Ao deixar a selva, Conan perde Valéria. Ouvindo falar dos fabulosos dentes de Gwahlur, jóias lendárias escondidas em algum lugar no reino negro de Keshan, inscreve-se como treinador nos exércitos daquele país (As Jóias de Gwahlur/ ESC 28). As jóias não ficam muito tempo em suas mãos, e ele vai ao reino vizinho de Punt, para ver quanto pode ganhar com pequenos furtos e vigarice. Naquele país, o Cimério tem seu último - e definitivo - encontro com um de seus velhos inimigos, o stígio Thutmekri (A Deusa de Marfim/ ESC 92).

Sabendo que sua nova companheira, Muriela, estará segura em Punt, o Bárbaro segue para Zimbabo e, de lá, para Turan. Em uma pequena estalagem sem nome, em alguma parte da inóspita costa turaniana, Conan conhece um nobre chamado Aniki, que o convence a ajudá-lo em uma missão, que consiste em libertar alguns artesãos cegos, que trabalhavam como escravos em uma colônia em Vendhya. Durante sua missão, o Cimério percebe que tem muito em comum com o amigo, muito além do fato de serem cimérios. Seria Aniki irmão de Conan? O Bárbaro fica apenas na suspeita (Laço de Sangue/ CS 9). Conan se afasta de Turan e segue para Shem, perto do assim chamado Triângulo Desolado, e se torna um caçador de recompensa. Movido pela ira contra as injustiças relacionadas com a escravidão em Arat Phan, uma cidade em um oásis, Conan se junta aos foras-da-lei que estava caçando, e os persuade a unirem forças com os zuagires do deserto, aos quais Conan já havia comandado. Mas o traiçoeiro chefe zuagir, Hasra Khalli, entrega Conan para as tropas shemitas, e seu exército camponês é destruído (Sangue no Deserto/ ESC 176). Rastreando o traidor até seu esconderijo, Conan o encontra sob ataque das Damas de Ferro, as quais o Cimério já encontrara antes. Khalli escapa na confusão, e a líder das Damas, Soraya, se recusa a unir forças com Conan. Separadamente, eles seguem Khalli até Thulara, onde buscou refúgio com o feiticeiro Thrigga, mestre das Orbes, uma trinca de gemas encantadas. Khalli mata o mago e lança uma enxurrada de demônios contra as Damas de Ferro. Despedaçando uma das três Orbes, Conan provoca um desequilíbrio sobrenatural que arrasta os demônios de volta ao seu próprio plano, levando Khalli com eles. Conan e Soraya despedaçam as outras duas Orbes, e, mais uma vez, põem fim às suas diferenças (O Retorno das Damas de Ferro/ ESC 177).

Ao sul de Koth, o Bárbaro é contratado para liderar uma revolta contra um barão local. O Cimério cavalga até a cidade-estado de Baalur, em Shem, para salvar Rufia da bruxa Zeriti, a qual reaparecera. Conan junta um exército e o comanda para Asgalun, passando pela cidade-estado de Nedrezzar. De Asgalun, ele navega para o sul e começa a subir o Rio Styx, procurando suas nascentes. No caminho, eles passam por Stygia e Shem, e então viram novamente para o sul, para seguir o Styx, entre o Deserto Shemita e Stygia, e dentro dos Reinos Negros. Após encontrarem o que acreditam ser a origem do Styx, eles recordam seu caminho de volta a Asgalun, onde Conan derrota Zeriti mais uma vez, e então, eles retornam a Baalur (Conan, Senhor do Rio Negro/ inédita em quadrinhos e no Brasil).

Na fronteira ao sul de Koth, Conan invade a fortaleza de um bruxo à procura do Prisma de Khorshemish, uma jóia mística que poderá lhe render muito ouro. No entanto, o Cimério é capturado pelo bruxo, que se delicia em mostrar as várias e desagradáveis maneiras que Conan pode morrer, através de cartas que prevêem o futuro. Apesar da magia do feiticeiro, o Bárbaro consegue sobrepujar um encanto que o mantinha imóvel e mata o bruxo. A última e decisiva carta do feiticeiro revela o futuro de Conan como rei (As Três Mortes de Conan/ ESC 163). Em Kartoosh, uma cidade de desajustados e escórias da sociedade, ele salva Najia, uma garota aparentemente muda de cerca de treze anos, de potenciais seqüestradores. Ele descobre que ela é filha de um falecido mago seguidor de Mitra e de uma dançarina de um templo Drakkiano, que nasceu com estranhos poderes, e está fugindo do mago Kharban, que deseja aprender a controlar estes poderes. Durante o confronto final entre Conan e Kharban, Najia recupera sua voz e seus poderes completos; ela lança um feitiço no mago que neutraliza sua feitiçaria, permitindo que seu campeão vença a batalha. Conan deixa Najia com sua mãe (O Valor da Honra/ CS 7).

Aventureiro a Serviço de Reis

Seguindo viagem, Conan pára no castelo do barão Gwal, um amigo envelhecido. Porém, três membros locais da Irmandade do Falcão convencem o barão de que seu antigo companheiro é maligno. Gwal literalmente morre de remorso por ter caluniado o amigo - e também de susto, ao ser visitado por um Cimério que ele julgava estar morto. Conan mata os membros do trio traiçoeiro da forma que cada um mais temia, e por isso consegue ser alvo do ódio eterno do que resta daquela confraria de assassinos (A Irmandade do Falcão/ ESC 89). Logo, em uma cidade-estado ophiriana, Conan fica temporariamente cego devido a um golpe de espada na cabeça, mas ainda assim é capaz de se defender de um bando de salteadores (Véu da Escuridão/ CB 18). Pouco depois, a serviço do rei Numa, da Nemédia, Conan é atacado novamente pela Irmandade do Falcão, e dado como morto pelo valoroso rei daquele país. Todavia, graças à intervenção de um deus benigno - cuja filha imatura fora causadora indireta do mal -, a morte do Cimério é transformada em catalepsia (Canção de Morte/ CB 22).

Em um pequeno reino sem nome, Conan entra em um torneio cujo campeão ajudará um grupo de nobres a encontrar um templo lendário. Ele vence e parte com o grupo (A Busca do Relicário de Luma/ CS 15). Obs.: O resultado da busca propriamente dita ainda não foi contado até hoje. Ouvindo falar de um cerco à cidade aquiloniana de Sammárcia, Conan se dirige para lá, no intento de vender sua espada. Lá chegando, ele reencontra Sonja e ambos tentam um ousado roubo em meio ao ataque das forças aquilonianas à cidade (O Cerco de Sammárcia/ ESC 158). Conan segue para o norte, rumo à Ciméria. No caminho, em uma esquecida cidade das planícies do norte chamada Jarabesht, Conan faz uma estranha aliança com o feiticeiro Antoine Deglasse e a sacerdotisa-guerreira Siobahn Lauchline para combater uma horda de demônios que ameaça se espalhar por todo o mundo (O Ídolo Caído/ ESC 139).

Em sua terra natal, o Bárbaro termina de caçar, quando é obrigado a largar sua presa para defender-se do ataque mal-sucedido de um lobo (Ciméria/ ESC 2). Numa vila esquecida entre o Reino da Fronteira e a Aquilônia, Conan - agora como o guarda-costas de uma rica dama chamada Ilyana - enfrenta a traição do lorde da cidade e acaba preso. Nos subterrâneos do castelo ele descobre um velho louco que é líder de um bando de estranhos macacos conhecidos como os Subterrâneos. O Bárbaro auxilia o velho em seu plano de vingança contra a cidade e seu filho (Os Subterrâneos/ ESC 146).

Um Cimério na Fronteira Picta

Após muitas aventuras, Conan segue para o oeste até os limites da Terra dos Pictos, onde fazendeiros aquilonianos fixaram residência e correm perigo de serem atacados pelos selvagens habitantes da região. Embora perceba a semelhança entre a situação atual dos pictos e a dos cimérios em sua juventude, quando a Aquilônia tentou expandir suas fronteiras para o norte, Conan torna-se batedor de fronteira para o país do rei Numedides. Por isso, talvez ele estivesse apenas raciocinando que, enquanto a Aquilônia estiver se expandindo para o oeste, não se aventuraria para o norte em direção à sua terra natal. Penetrando profundamente em território picto, Conan e um bando de homens são atacados pelos selvagens e apenas três sobrevivem - o Cimério entre eles. Levados para a aldeia Tanataka, são oferecidos pelo bruxo Dhotaka para o demônio do pântano N'Garthl, que deve devorar três seres humanos antes que possa retornar à sua dimensão do além. O Bárbaro consegue fugir, mas retorna e prende o bruxo em uma estaca próxima ao pântano. Quando chega, N'Garthl se depara com uma escolha: atacar um cimério armado, ou devorar Dhotaka para completar as vidas de que necessita. Uma escolha óbvia até mesmo para um demônio do pântano (Três Vidas para um Demônio/ ESC 144). Logo em seguida, um sacerdote de Mitra está convencido de que converteu um bando de pictos, mas Conan tem certeza de que eles estão prestes a matar o sacerdote, e o censura por ignorar os colonos aquilonianos que precisam de seu conforto. Por uma questão de segurança, o Cimério leva os colonos mais para o leste, enquanto o sacerdote parte novamente para converter mais pictos. Quando este está prestes a ser sacrificado pelos selvagens, Conan decide não arriscar a própria vida tentando salvá-lo, imaginando que seria uma perda de tempo (A Conversão/ ESC 55).

Punidos por agredirem um legionário aquiloniano, Conan e um vanir chamado Roth são mandados para encontrar o que restou da desaparecida XXI Legião da Aquilônia, que desapareceu levando ouro para comprar a fidelidade de um chefe picto. Eles logo encontram os esqueletos da legião, mas nenhum ouro. Capturados, Conan e os batedores são levados para uma aldeia picta, cujo xamã é Galoric, um ex-tribuno e único sobrevivente daquela legião. Ele conta a Conan que os legionários lutaram entre si pelo ouro e que a facção vencedora foi morta pelos pictos. O próprio Galoric só foi poupado devido aos seus conhecimentos médicos, e o ouro foi transformado no trono de um chefe picto hostil. Conan, Galoric e os batedores roubam o trono, mas armadilhas e os pictos acabam matando todos, exceto Conan e Galoric. O ex-tribuno decide ficar com os selvagens - percebendo que era mais feliz lá do que tinha sido como legionário - e Conan cruza o Rio Negro sozinho (A Legião Perdida/ ESC 147).

Na Bossônia, Conan chega à Floresta Negra. Após alguns contratempos o Cimério acaba fazendo amizade com o povo da aldeia do bosque de Kyof e os ajuda a se defender de mercenários assassinos e até de um exército de aterradoras criaturas vegetais, comandadas pelo Senhor da Floresta Negra, Basílio Rez (Conan na Floresta Negra/ ESC 189). Quando seu tempo de serviço termina, Conan pede baixa no Forte Tuscelan e gasta seu soldo numa orgia. Ouvindo boatos sobre um tesouro numa cidade abandonada na Terra dos Pictos, ele recruta vários homens para o ajudarem a encontrá-lo - apenas para descobrir que foi induzido a viajar por ninguém menos do que sua velha companheira, Valéria da Irmandade Vermelha. O tesouro é encontrado, mas a cidade perdida é também o abrigo de um monstro. (No Covil do Deus-Lagarto/ ESC 150).

O Bárbaro acompanha Valéria de volta ao mar, onde ela está exercendo seu primeiro comando. Ela debela um motim e iça as velas com Conan a bordo. Logo, após uma batalha contra uma galera aquiloniana, Valéria ancora em uma estranha ilha habitada por servos zumbis de uma planta malévola que produz imitações de humanos absorvendo corpos vivos e os reproduzindo em vagens. (Jardim de Sangue/ ESC 151). Após as brigas costumeiras sobre quem é o chefe, Conan e Valéria se separam. Quando seu navio ancora em Lireigh, na costa oeste de Vanaheim, Conan parte por terra para a Aquilônia, atravessando a floresta de Taiga. Confundido com um ladrão local, ele é ferido e se refugia nas ruínas de um rudimentar abrigo de pedra. Em seus sonhos ele vê uma bela mulher apontando para uma Cidade de Luz em que ela está proibida de entrar. Ao acordar, ele encontra o cadáver morto há muito tempo da mulher do sonho, e tem uma visão dela sendo estuprada. Não muito depois, ele encontra e mata seus violadores e coloca o medalhão dela sobre seu túmulo. Ele espera que isso permita a ela finalmente entrar na Cidade de Luz (A Garota da Floresta Assombrada/ ESC 152).

A Seguir: Rei da Aquilônia.

Abaixo, um pequeno índice para facilitar a localização das publicações onde as histórias foram mostradas:
ACB – ALMANAQUE DE CONAN, O BÁRBARO
CA – CAPITÃO AMÉRICA
CB – CONAN, O BÁRBARO
CNA – CONAN, O AVENTUREIRO
CR – CONAN REI
CS – CONAN SAGA
ESC – A ESPADA SELVAGEM DE CONAN
ESCOR – A ESPADA SELVAGEM EM CORES
HTV – HERÓIS DA TV
RC – REI CONAN
SAM – SUPERAVENTURAS MARVEL
CONAN - ESPADA E MAGIA (LIVROS E BOLSO DA ED. UNICÓRNIO AZUL)

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