Conan: Capítulo 11 - Novas Conspirações ao Trono (50 a 60 anos)

por Fernando Neeser de Aragão
em 07/10/2004

Cronologia de Conan, o Bárbaro

Interpretada por Fernando Neeser de Aragão
Baseada parcialmente na obra de Robert E. Howard, John D. Clark, P. Schulyer Miller. Jim Neal e Marvel Comics

   

CAPÍTULO 11

NOVAS CONSPIRAÇÕES AO TRONO (50 a 60 anos)

 

Alguns anos se passam. Buscando vingança por uma tentativa de assassinato em seu próprio quarto, o Rei Conan parte em busca de uma seita de druidas. No entanto, acaba enfrentando um terrível e conhecido inimigo: Rúnico, o Deus Sombrio; um milenar vampiro de almas (O Vento das Estrelas/ ESC 170). Às vezes a realeza é tediosa para Conan. Cansado da corte, Conan, agora com cinqüenta e dois anos, começa a se perguntar se a vida vale a pena. Confortado por Zenóbia, ele adormece em seu trono. Em seus sonhos, ele é capturado por guerreiros anões de aparência maligna - e desperta para se ver realmente cercado de figuras diminutas. Mas na verdade é apenas o Príncipe Conn, agora com seis anos, e alguns jovens amigos bagunceiros. Conan descobre que abraçar seu filho reanima seu corpo cansado e renova seu espírito abatido (Laços/ ESC 89). Mais alguns anos se passam e Zenóbia dá à luz mais duas crianças: o Príncipe Taurus e a Princesa Radegund.

Quando o Príncipe Conn está com cerca de doze anos, ele é capturado por bruxos mascarados e levado para Pohiola, fortaleza capital da sombria Hiperbórea. Deixando Próspero no comando da Aquilônia, Conan parte para o norte; se Conan tem uma fraqueza, é certamente sua incapacidade de delegar autoridade. Após muitas dificuldades, ele chega a Pohiola, apenas para ser lançado em um poço ao lado de seu filho. Eles descobrem que tudo é uma trama do velho inimigo de Conan, Thoth-Amon da Stygia, que está aliado a Pra-Eun, rei de Angkhor no oriente remoto; o guerreiro xamã negro, Nenaunir de Zimbabo, e a velha Louhi de cabelos brancos, rainha da Hiperbórea. Uma batalha contra os bruxos hiperbóreos dá a Conan a oportunidade de botar fogo no castelo e matar Pra-Eun, enquanto as chamas consomem Louhi e Pohiola. Entretanto, a imagem de Thoth-Amon desaparece, pois ele nunca deixou realmente a Stygia, ocorrendo o mesmo com Nenaunir (A Feiticeira das Brumas/ RC 1). No ano seguinte, enquanto o trono de Zingara está vazio, um nobre zíngaro, Duque Pantho, parece enlouquecer e resolve atacar o norte, onde se situa Poitain, província leal da poderosa Aquilônia. O exército de Conan o derrota, e ele nomeia a Princesa Chabela e seu marido soberanos de Zingara - submissos à Aquilônia. Diviatix, chefe druida da Terra dos Pictos, chega para alertar Conan de que Thoth-Amon era a mão invisível por trás do ataque de Pantho. O Príncipe Conn chega a tempo de acompanhar o exército de seu pai seguindo para o sul até a cidade stígia de Nebthu, agora o quartel-general do Anel Negro, a infame seita de feiticeiros. Conan enfrenta Thoth em carne e osso praticamente pela primeira vez, e utiliza o Coração de Ahriman para destruir suas forças. Uma hiena gigante - um protótipo vivo da Esfinge Negra de pedra de Nebthu - dispersa as forças de Conan, mas é logo voltada contra os stígios. Thoth-Amon não tem escolha a não ser fugir para Zimbabo, fortaleza de seu aliado Nenaunir - com Conan em seu encalço (A Esfinge Negra de Nebthu/ CR 5).
Conan, Conn, Pallantides e o exército aquiloniano seguem o Rio Styx rumo sul através de Punt até Zimbabo. Lá, eles são atacados por imensos lagartos alados chamados wyverns, montados pelos guerreiros negros. Conan e Conn são carregados até uma fortaleza de pedra. Eles encontram Thoth-Amon agora pouco mais que um vassalo de Nenaunir, que planeja sacrificar pai e filho para Damballah, um equivalente a Set. Murzio, um dos homens de Conan, penetra na fortaleza e liberta Conan, Conn, e um outro prisioneiro chamado Mbega, o irmão deposto de Nenaunir. Conan enfrenta e mata o equivalente terreno de Damballah - uma cobra gigantesca -, que serve de sinal para os partidários de Mbega se revoltarem. Conn mata Nenaunir, mas Thoth-Amon foge para o sul, montado em um wyvern (Lua Vermelha de Zimbabo/ CR 5). À frente de um exército composto dos guerreiros de Mbega e das mulheres guerreiras de Nzinga, filha da Nzinga com quem lutou durante seus dias de bucaneiro, Conan persegue Thoth - montados em wyverns domados - até a lendária Terra Sem Retorno. Eles param na estranhamente sedutora cidade-caverna de Yanyoga, em forma de caveira, governada pela Rainha Lilit; mas, ela e sua cidade de mulheres são, na verdade, Homens Serpentes leais ao mago stígio. Enquanto seus guerreiros limpam o ninho de víboras, Conan enfrenta Thoth-Amon na batalha suprema entre bárbaro e feiticeiro. Desarmado, Conan parece condenado, quando Thoth é trespassado pelo Príncipe Conn, utilizando a espada do seu pai - na qual Diviatix gravou o sinal de Mitra, senhor da luz. O cadáver de Thoth-Amon se desfaz em ossos e pó. Sua longa rixa com Conan chega finalmente ao fim. E Conan e Conn se juntam a suas tropas para matar o restante dos Homens Serpentes (Sombras na Caverna/ CR 6).

Tramas

De volta a Tarântia, Conan retoma a administração de seu reino. O monarca cimério está agora beirando os sessenta anos. Logo, o Príncipe Conn é enviado para o Forte Thandara para experimentar a vida no quartel, e a Rainha Zenóbia atende a um casamento real em Zingara. Ao saber que a dama Darweena está sendo mantida prisioneira, Conan parte com Trocero e o pai da garota, Mimus, para salvá-la. O resgate é feito no topo Platô das Brumas, onde habitam répteis pré-históricos. Mimus, pago secretamente por um grupo de rebeldes, leva a presa de um tiranossauro morto por Conan; de volta a Tarântia ele a esculpe em uma estátua, com a qual presenteia o rei. Através de magia, naquela noite, a estátua ganha vida voltando a ser o monstro, mas Darweena avisa Conan, e Mimus se torna a vítima do réptil. Conan o mata de novo, e Zenóbia chega a tempo de ver a carcaça do monstro sendo retirada do palácio (A Presa de Set/ RC 4).
Alcemides alerta Conan de que presságios indicam um período de perigo -, enquanto Darweena é possuída por um feitiço deixado por seu falecido pai, o traidor Mimus. Conn e seu tutor Bolsat voltam para Tarântia, onde o príncipe arruma um tempo para participar de um jogo com meninos de rua e ganhar tanto o jogo como alguns novos amigos. Mas antes que pudesse chegar ao palácio, ele é feito prisioneiro por criaturas inumanas. Um dos meninos avisa Conan, que, com a ajuda de Alcemides, impede que o demônio Murgor-Tsoggua penetre no mundo. Empunhando uma espada forjada inteiramente de prata, Conan entra novamente nas catacumbas, desta vez encontrando Conn, que usou tanto sua força quanto sua inteligência para sobreviver. Mas Murgor-Tsoggua encontrou outra entrada para o mundo humano, e está ameaçando a Rainha Zenóbia quando os dois chegam. Darweena, destruída pelo demônio, se torna uma névoa que ataca Murgor-Tsoggua, cegando e sufocando ele - e Conan usa sua espada para forçar o demônio a voltar para seu próprio plano (As Tumbas de Tarântia/ RC 5).
Consultando Alcemides, Conan descobre que Mimus e Darweena(*) eram peões de uma força sinistra que supostamente escravizou a alma do lendário Rei Andromedus, um dos primeiros soberanos da Aquilônia, dono de um fabuloso machado prateado. Zenóbia bate o pé quando Conan diz que vai procurar esta força sozinho; pela primeira vez ele descobre que ela se tornou perita em outras armas além da besta, e eles partem juntos com Alcemides e uma escolta de seis soldados de elite dos Dragões Negros de Conan. Dentro de uma montanha eles enfrentam o gigantesco deus-demônio alado Xandor Kan, que mantém a alma de Andromedus prisioneira em uma gema cintilante. Quando Conan atua como uma ponte entre a gema e outras forças, a explosão resultante produz uma inundação de lava, da qual Conan, Zenóbia e Alcemides escapam saltando no Rio Khorotas. Atacado novamente, Zenóbia lança o machado de Andromedus para Conan, que o usa para jogar Xandor Kan na lava, onde perece (Reis de Fogo e Trevas/ RC 6).

Aventureiros Bárbaros da Realeza

Disfarçado, o Rei Conan, agora com sessenta anos, visita uma das piores espeluncas de Tarântia, capital da Aquilônia. Se rendendo a velhas tentações, ele se une a um jovem ladrão chamado Thandar, que pretende roubar a casa de um nobre. Eles fogem com um baú, cheio de sementes cônicas que o ladrão diz que irão neutralizar os guardiões mágicos das ruínas da cidade oculta de R'Shannn. Acompanhando Thandar, Conan deduz que ele está sendo usado por outros conspiradores que desejam saquear as ruínas. Após batalhas contra criaturas espectrais armadas de espadas de fogo, a dupla escapa com o tesouro da cidade - que prova ser de pouca valia. Com respeito mútuo e admiração, os dois partem, Thandar para buscar vingança na Stygia e Conan para "cuidar" de seu reino (Os Saqueadores de R'Shann/ RC 6).
O Príncipe Conn, de quatorze anos, e seu pai discordam em como tratar os rebeldes, Conn recomendando tolerância e seu pai execução. Quando os ânimos se exaltam, o Conde Trocero se oferece para levar o príncipe em uma viagem educacional. A primeira parada deles é a cidade stígia de Nebthu, onde Conn salva um homem prestes a ser sacrificado ao deus serpente Set, e quase morre quando a 'vítima' fica indignada com o esforço de salvá-la. Em Zingara, Conn é convidado para os aposentos de uma mulher de taverna - e é deixado inconsciente e sem sua bolsa. Em Zamora, ele e Trocero acabam tendo que fugir do déspota Malakon, que trama contra o rei da Aquilônia. Eles voltam para casa no momento em que Conan lidera suas tropas contra a cidade fortificada de Tahrem, que se recusa a pagar seus impostos. Quando eles o informam de que a rebelião foi provocada pelos agentes de Malakon, Conan ordena a tomada da cidade com o mínimo de destruição, e seus súditos o saúdam. Conn aprende que a força às vezes é necessária; e seu pai aprende a se mais comedido (Sangue da Aquilônia/ RC 7-1). Em uma caçada fora de Tarântia, a vida de Conn é salva por uma jovem de 21 anos chamada Ayelet, criada nos desertos ao norte de Zamboula e uma perita em arco e espada. Ela alega ser a soberana de direito de Tel-Ammon, uma cidade-estado em Shem agora governada pelo tirânico Rei Nebuhan, cuja vida é protegida por feitiçaria. Apesar dos receios de Zenóbia, Conan parte para Shem. Entrando em Tel-Ammon, ele supera uma série de proteções místicas para obter um bloco de âmbar no qual a alma do Rei Nebuhan é mantida. Penetrando nas festividades reais, ele queima o âmbar, e uma flecha de Ayelet mata o rei. Os cidadãos de Tel-Ammon a reconhecem como a soberana de direito devido a uma marca de nascença em seu ombro (Um Tirano em Âmbar/ RC 7-2).

Resgates

A jornada de volta para casa, de Shem, é interrompida perto de Ianthe(**), capital de Ophir, quando seu cavalo morre em uma armadilha armada para capturar algumas das aberrações escravizadas que fugiram do circo de Ibo Mala, um canibal darfariano que agora exibe espécimes feios e grotescos da humanidade. Conan se junta aos fugitivos, liderados por um chamado Montago, e os ajuda em sua busca pela liberdade. No confronto final, Montago morre como resultado de uma traição, e Ibo Mala escapa. Conan retoma sua jornada (O Demônio de Darfar/ RC 8). Ao chegar em Tarântia, Conan fica sabendo que Zenóbia acompanhou seus pais ao porto argoseano de Napólia para enviá-los em uma pequena missão diplomática, e que foi raptada em um reide por piratas barachos liderados por Osso de Ferro. Deixando Prospero e Trocero como regentes, Conan lidera sua elite de soldados, os Dragões Negros, até Messântia, onde eles tomam um navio e partem para as Ilhas Barachas. A bordo do navio pirata, Zenóbia é ameaçada por Osso de Ferro, mas faz amizade com o jovem pirata Nestor. O navio de Conan alcança o navio pirata. Nestor se torna o capitão após matar Osso de Ferro. Porém, apaixonado por Zenóbia, ele se recusa a entregar ela aos seus perseguidores, assim Conan é obrigado a matar ele quando os aquilonianos abordam o navio pirata. Conan e Zenóbia são reunidos (Ossos e uma Lâmina/ RC 8). Logo após, o monarca cimério engravida Zenóbia, pela quarta vez.

(*) - Em "Trama de Feiticeiros"(RC 5), o Cimério mata uma mulher - daí substituí os nomes de Jumbassa, Urazai e, sobretudo, Scilianna. "O Ritual da Maioridade" (RC 3), por sua vez, mostra o líder picto Dekanawata com a mesma estatura de Conan – e nós sabemos que, mesmo os pictos de"'sangue puro" (como Brule e Bran Mak Morn) eram de estatura mediana. Já em "Fantasma do Passado", o monarca bárbaro mata um cortesão desarmado, apenas porque este lhe roubara a espada, além de permitir que uma mulher morra nas mãos dos próprios ex-comandados. Em virtude de tamanhos atentados aos conceitos de Robert E. Howard, omiti, também, as duas últimas aventuras citadas.
(**) - Khorala era, na verdade, o nome de uma cidade vendhiana, na qual um antepassado da rainha Marala, de Ophir, havia encontrado uma jóia, conhecida posteriormente como 'A Estrela de Khorala' (ver ESC 27). A partir de então, segundo a matéria 'A Era Hiboriana de A a Z' (ESCOR 2), passou-se a achar que a capital ophiriana era Khorala, mas o nome da cidade continuou sendo Ianthe, como na já citada ESC 27. É de se imaginar que este equívoco tenha surgido nas eras posteriores à Hiboriana, quando a história daquela época diluiu-se 'numa nuvem de mitos e fantasias' (Anais da Era Hiboriana, cap. 6, ESC 18).

Abaixo, um pequeno índice para facilitar a localização das publicações onde as histórias foram mostradas:

ACB – ALMANAQUE DE CONAN, O BÁRBARO
CA – CAPITÃO AMÉRICA
CB – CONAN, O BÁRBARO
CNA – CONAN, O AVENTUREIRO
CR – CONAN REI
CS – CONAN SAGA
ESC – A ESPADA SELVAGEM DE CONAN
ESCOR – A ESPADA SELVAGEM EM CORES
HTV – HERÓIS DA TV
RC – REI CONAN
SAM – SUPERAVENTURAS MARVEL
CONAN - ESPADA E MAGIA (LIVROS E BOLSO DA ED. UNICÓRNIO AZUL) Ventos Sinistros do Norte, Sul e Leste
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