Resenhas: Conan - o B�rbaro # 18

por Osvaldo Magalhães - Editor
em 07/10/2004

Título: CONAN - O BÁRBARO # 18 (Mythos Editora) - Revista mensal

Autores:

Quando as Montanhas Caminham: Roy Thomas (argumento), Mike Docherty & Ricardo Villagran (arte).

A Estrela e os Ratos: Roy Thomas (argumento), Rich Buckler & Ernie Chua (arte).

A Era Hiboriana: Roy Thomas (argumento), Audwyn Newman & Rey Garcia (arte).

Preço: R$ 4,40

Número de Páginas: 52

Data de Lançamento: Julho de 2003

Sinopses:

Quando as Montanhas Caminham - Em um ousado ataque à fortaleza do príncipe Borrin, Conan e seus aliados conseguem uma vitória parcial.

O exército de Borrin, agora reforçado por tropas do rei Strabonus, encontra o de Conan em uma planície nas terras dos Harangis. A batalha se inicia de forma sobrenatural, graças aos poderes do mago Agohoth, mas, com a ajuda de um deus, o exército rebelde consegue, finalmente, a vitória.

A Estrela e os Ratos - Após sua aventura com o dragão do mar (CBM 17), Conan decide atravessar o deserto a oeste de Turan. Em seu caminho ele encontra um velho moribundo que o guia até a cidade perdida de Ababenzzar. Lá, o bárbaro tem que enfrentar perigos e traições pela posse de um valioso diamante. No fim ele descobre que deuses podem assumir muitas formas e que, às vezes, podem ser tão frágeis quanto os homens.

A Era Hiboriana - Uma crônica ilustrada que recapitula o surgimento dos reinos e povos hiborianos, desde a submersão de Atlântida até a configuração que se estendeu aos dias de Conan.

Comentários:

Esta edição, que traz uma estonteante capa do mago Earl Norem, mostra a conclusão de Conan, o Renegado. Uma adaptação fraquíssima e falha feita por Roy Thomas a partir de um romance de Leonard Carpenter.

Uma das 'pisadas na espada' mais gritantes que Thomas já cometeu foi ter 'matado' o comandante Amalric (CBM 17, página 10, 1º quadro). Veja bem, segundo o próprio Thomas, em CB 53 (Ed Abril Jovem), Amalric se apresenta ao conde Téspides e diz que às vezes é chamado de Malthom (pág 64, 1º quadro). Seguindo a esteira dessa aventura, Amalric (ou Malthom), um comandante de Khorajá, combate, sob o comando de Conan, as hordas de Natohk, o Velado. Depois, na ESC 1, página 12, 4º quadro, Malthom (ou Amalric) diz a Conan que ganhou o Castelo Rubro como presente da princesa Yasmela, de Khorajá, por bons serviços prestados. Já na cronologia de Conan, publicada em CB 56, parte XIX, página 54, 2º parágrafo (Ed Abril Jovem), está escrito: 'Acompanhado de uma escrava chamada Zuleika, Conan chega ao Castelo Rubro, (...) O atual senhor do castelo é um nemédio chamado Malthom, que serviu sob comando de Amalric como mercenário em Khoraja na mesma época que Conan. (Infelizmente, certos pergaminhos antigos confundem Amalric e Malthom, mas já que o primeiro foi morto por magia durante a rebelião do príncipe Borrin de Koth, eles são certamente duas pessoas diferentes)'.

Ora, no conto original de Howard, Black Colossus (adaptado para os quadrinhos em ESC 3), não existe nenhum Malthom, e sim Amalric. Roy Thomas criou o nome Malthom para a quadrinização do conto, depois em CB 53 ele retoma o personagem original, Amalric, e diz na cronologia que ambos, Malthom e Amalric, são pessoas diferentes. Pior ainda, ele matou os dois de forma diferente, já que o Malthom da ESC 1 foi morto anos depois como visto em 'As Assombrações da Torre do Terror' (ESC 121). Resumindo, Amalric e Malthom são a mesma pessoa e o nosso caro Roy fez uma lambança e tanto.

O clássico do mês é A Estrela e os Ratos, adaptação de um argumento de Michael Resnick, escritor e fã de Conan. A arte, que tem a chancela de Rich Buckler e Ernie Chua (Chan) não deixou a desejar em nada. A história em si não tem nada de inovadora. Afinal, cidades perdidas, bandidos, mulheres bonitas, demônios, sacerdotes e um bárbaro sem dinheiro, são os componentes básicos da vida pregressa e pouco lauta de Conan. Entretanto, a aventura é bastante criativa e cheia de surpresas.

A curta crônica sobre o surgimento da era de Conan é uma súmula sobre os acontecimentos catastróficos, os desafios naturais e a vontade férrea de alguns homens que deram origem aos povos hiborianos e do oriente, assim como aos bárbaros do norte. É um tema já saturado nas revistas do Cimério, mas bastante útil para a compreensão do mundo pelo qual Conan percorreu com seus pés calçados e empunhou sua espada selvagem e ensangüentada até o dia em que conquistou sua coroa e um império.

A seção de cartas traz novidades quentíssimas sobre Conan nos EUA e mostra a arte do novo desenhista de Conan, Cary Nord.

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