em 07/10/2004
Título: CONAN - O BÁRBARO # 19 (Mythos Editora) - Revista mensal
Autores:
Fogo na Laguna: Roy Thomas (argumento), Mike Docherty & Ricardo Villagran (arte).
O Jardim dos Condenados: Roy Thomas (argumento), John Buscema & Ernie Chua (arte).
Preço: R$ 4,40
Número de Páginas: 52
Data de Lançamento: Agosto de 2003
Sinopses:
Fogo na Laguna - Conan, o líder dos Companheiros Livres, leva seu exército a uma fuga desesperada pelo deserto após uma batalha com o exército do rei Strabonus. Alcançando uma laguna salgada, eles seguem em barcos roubados até uma ilha onde o único habitante é um homem chamado Acheron.
Quando a cobiça atiça um dos subordinados de Conan um demônio de fogo é liberto no mundo dos homens.
Acheron subjuga o demônio e junta-se aos Companheiros Livres, mas um terror outrora extinto permanece na ilha: o Devorador de Almas!
O Jardim dos Condenados - em uma aldeia, a poucos dias de viagem de Arenjun, a Cidade dos Ladrões de Zamora, Conan resolve passar uma noite de descanso. Seus planos são imediatamente protelados quando ele salva uma garota de um linchamento.
Fugindo da aldeia e adentrando o deserto, o Cimério e a garota, que se chama Zhadorr, encontram alguns bandoleiros e são perseguidos até um oásis. Lá Conan é subjugado e amarrado para ser vendido como escravo.
Entretanto, a garota se mostra mais do que aparenta e leva o líder dos bandoleiros à morte. O oásis é assombrado por uma árvore canibal que ataca os bandidos e o Cimério.
Conan consegue destruir a árvore maldita e descobre, horrorizado, qual a verdadeira natureza da garota chamada Zhadorr.
Comentários:
A revista Conan, o Bárbaro vem evoluindo bastante nos últimos meses e esta edição vem comprovar essa evolução.
Começando pela excelente capa de Alexandre Jubran, passando pelas duas ótimas histórias e concluindo no editorial, na seção de cartas e na entrevista com Cary Nord, o novo artista de Conan nos EUA.
Passemos à análise em si:
No índice comentado, que já é parte integrante da revista, o editor abre o renque das novidades e atrações da revista e das pisadas na espada da edição anterior.
A primeira história, que traz de volta às páginas hiborianas o terrível Devorador de Almas - um personagem criado por Michael Fleischer e que por diversas vezes nos aterrorizou na década de 90 - é a recuperação total do definhamento de Roy Thomas na saga anterior, Conan - o Renegado.
O devorador havia sido preso na forma humana de Acheron e abandonado em uma ilha, após seu último confronto com Conan. Agora ele está de volta para incomodar nosso herói bárbaro por algum tempo.
Enquanto o Devorador não dá as caras, Conan tem que dar provas de sua competência como líder e fazer o que ele menos gosta, que é preocupar-se com a vida alheia.
Roy Thomas nesta edição, infelizmente, adicionou uma característica pouco habitual ao Cimério, que é a filosofia. Conan está muito meditativo nesta aventura, o que é incomum em se tratando dele.
A seção de cartas, que tem um efeito lenitivo sobre os conanmaníacos, traz algumas boas informações sobre o futuro de Conan no Brasil.
Chegando à segunda história - que faz parte dos clássicos de Conan -, percebe-se logo no primeiro quadro um deslize editorial. No quadro está escrito: '(...) a sete dias de viagem de Zamora, a fabulosa Cidade dos Ladrões.' Ora, Zamora na verdade é um país e não uma cidade; o correto seria: (...) a sete dias de viagem de Arenjun, a fabulosa Cidade dos Ladrões de Zamora.' Uma informação: ARENJUN, pronuncia-se como ARENIUN.
Obviamente, isso não tira o mérito da história em si. Aliás, esta é uma das melhores aventuras de Conan, apesar de sua receita ser simples, ou seja, mulheres em apuros, perseguição, luta com bandidos e lugares amaldiçoados. A inovação está no fato da garota ser uma espécie de vegetal, que se alimenta de água e age como uma sacerdotisa de uma árvore viva. Todavia, essa não foi a primeira e nem a última árvore canibal que Conan já enfrentou.
Concluindo nosso passeio pela CB 19 temos o adendo da Fonte Hiboriana referente a Conan - o Bárbaro 1 (da Mythos) e as capas originais das histórias que compuseram a primeira edição.
E, como surpresa final, a publicação da mais recente entrevista com Cary Nord, onde ele comenta suas expectativas em relação à nova revista CONAN, da Dark Horse.
Ah! Não poderia deixar de lado as duas magníficas ilustrações da antepenúltima e penúltima páginas: Sonja, por Esteban Maroto e Conan, por Dorian Vallejo, o filho de Boris Vallejo.