(por Robert E. Howard)
Sou o símbolo da Criação e da
Destruição,
Sou o começo e o fim.
Com minha cauda na boca,
Sou o Círculo da Eternidade.
A sabedoria está em meus olhos
E o crepúsculo da sabedoria se
esconde entre meus anéis.
Meu rastro cerca o mundo
E meus anéis dão voltas ao redor
do Universo.
Minha cabeça ondula entre as
estrelas.
A as nações caem prostradas
diante de mim.
Enrolada, de cabeça erguida, sou
o espírito do mar.
O dinossauro que sacudia o mundo
era meu sequaz
E os dragões voadores eram meus
lacaios.
Os antigos me conheciam.
Eles ergueram santuários e
altares
E eu lhes ensinei a sabedoria
obscura e sombria.
Eu me enrolei nas ruínas de Tróia
e da Babilônia,
E nas ruas esquecidas de Nínive.
Os nórdicos me chamavam de
Midgard e construíam suas galeras
Em forma de serpente marinha.
Os egípcios e indianos me
chamavam de Ísis
E os fenícios, de Baal.
Sou o mar que cinge o mundo.
Sou a primeira e serei a última.
Sou a Serpente das Eras.
Tradução: Fernando Neeser de Aragão.
