Sonya Lisowska e Gottfried von Kalmbach – Parte 2

(por Keith J. Taylor)



- Bom, agora o Imperador Carlos os deu para Malta, e todo o pagamento que ele pede é um insignificante pássaro por ano, apenas como formalidade. O que poderia ser mais natural que isto, para esses Cavaleiros imensamente ricos procurarem por algum meio de expressar sua gratidão? Bem, senhor, isso é exatamente o que fizeram; e tiveram a idéia de mandar para Carlos, não um insignificante pássaro vivo, mas um glorioso falcão de ouro, incrustado da cabeça aos pés com as melhores jóias de seus cofres. E... lembre-se, senhor... eles têm ótimas jóias, as melhores da Ásia.

Gutman parou de sussurrar. Seus lustrosos olhos escuros examinaram o rosto de Spade, o qual estava calmo. O gordo perguntou:

- Bem, senhor, o que acha disso?

- Eu não sei.

O gordo sorriu satisfeito.

- Há fatos; fatos históricos, não história de livros de escola, não história de Sr. Wells, mas história, no entanto.
(Dashiel Hammett – “O Falcão de Malta”)



O famoso romance policial de Dashiel Hammett foi publicado em 1930, enquanto “A Sombra do Abutre”, de Robert E. Howard, foi impresso pela primeira vez nas páginas de The Magic Carpet Magazine em 1934. Como Don Herron escreveu de Howard, “Ele entrou no cenário das revistas de ficção virtualmente nos passos de Hammett”. O glorioso falcão com jóias, que todos na novela de Hammett – e no lendário filme noir estrelado por Humphrey Bogart e Mary Astor – estão perseguindo, foi modelado por escravos da Ordem de São João em 1530.

Gottfried Von Kalmbach, um ex-Cavaleiro de São João, e a aventureira temerariamente determinada Sonya Ruiva, formaram uma parceria ativa naquele ano, posterior ao cerco de Viena de 1529. Haviam não apenas sobrevivido; haviam enviado ao Sultão Suleyman sua provocação e a cabeça de seu diabólico homem de confiança Mikhal Oglu, o líder akinji amplamente conhecido como o Abutre. Suleyman havia fracassado em tomar Viena, e deixou 30 mil de seus soldados morrerem do lado de fora de suas muralhas inadequadas. Gottfried em particular gostou daquela perda. Para ele, compensou em parte a perda de Rhodes, e a derrota sangrenta em Mohacs, na Hungria.

Mais importante ainda, significava que Suleyman não conquistaria a Áustria para depois avançar contra a própria terra natal de Gottfried, a Bavária.

Isto era esplêndido, mas Gottfried sabia que o Sultão agora consideraria uma questão de honra destruí-lo. Quanto a Sonya, ela tinha uma convicção similar sobre a irmã, agora a favorita do Sultão, Roxelana, Haseki Sultão, também conhecida como Khurrem a Alegre, a Risonha. Para Sonya, ela era uma vadia. Haviam sido meninas juntas, quando Roxelana era Alexandra Lisowska, filha de um sacerdote; Sonya conhecia a crueldade e malícia dela. Além disso, lhe parecia desejável manter sua relação com a guerreira ruiva em segredo, e nada mantém segredo melhor que uma sepultura.

Eles se voltaram para oeste.

Seu primeiro local de parada foi o Sacro Império Romano-Germânico – na verdade, como já fora apontado várias vezes, um império dos estados germanos, na época governado por Carlos V. O arquiduque da Áustria, Ferdinando, era o irmão mais novo de Carlos – e Gottfried o desprezava. O grande beberrão cogitava esperanças de fazer algum tipo de paz com o pai, que o considerava uma desgraça para sua antiga descendência. Ele viajou com Sonya para o castelo Von Kalmbach, próximo a Regensburg, na Bavária, esperando que sua conduta na Batalha de Mohacs e em Viena fizesse uma diferença.

Não fez. O pai de Gottfried, Graf Rudolph Von Kalmbach, não queria vê-lo, e disse que Gottfried poderia comer na cozinha do castelo, se quisesse, vez que Graf “nunca havia recusado mendigos”. Sonya, talvez pela primeira vez em sua vida feroz, segurou a própria índole e se humilhou perante o velho, suplicando a ele para se apiedar e, pelo menos, ir ver seu mandrião filho caçula. Ela o assegurou que, o que quer que Gottfried tenha feito, ele havia se comportado em batalha como um de sua classe – em Viena e em todos os outros lugares. Nunca, em qualquer momento, ele havia se mostrado ser qualquer tipo de fraco, covarde ou traidor.

- Estou um tanto contente com isso, de qualquer forma – Rudolph disse. – Ele pode não ter se esquecido totalmente que carrega o sangue Von Kalmbach, mas foi culpado de assassinato quando ainda era um rapaz; e, quando eu o mandei para se redimir como Cavaleiro Hospitalário, ele quebrou seus votos sagrados novamente e novamente, antes que o rebaixassem e lhe retirassem o nome das listas da Ordem. Se ele tivesse lutado no Armageddon e matado o Demônio, eu não conseguiria perdoá-lo por aquelas faltas.

Sonya não o repreendeu. Ele a havia recebido e falado com ela de forma cortês. Nada disse sobre a moralidade dela, nem sequer a olhou atravessado, e muito menos a chamou de serviçal de campo ou coisa pior, como alguns homens fizeram – não que eles tenham vivido muito, após isso. Ela viu de relance o rosto dele se endurecer por causa do desgosto que Gottfried o havia causado. Achou-o duro e cruel, mas isso claramente não era bom. Ela não podia mudá-lo.

Quando voltou para junto de Gottfried, ela o encontrou completa e silenciosamente sóbrio – em mais um sinal perturbador de que ele havia estragado uma taverna, urrando bêbado. Sua mãe e irmãos também não vieram vê-lo. Sua irmã Verene foi a única que o fez, desafiando a ira do pai deles.

Gottfried e Sonya partiram para a Itália. Ambos já haviam estado lá antes – Sonya em Milão, onde havia salvado o Duque da Borgonha dos assassinos de Louise de Savoy, e Gottfried no saque de Roma, onde os burgúndios haviam morrido. Desta vez, visitaram a Republica de Gênova, um começo para ambos. Logo depois de ter sido posto para fora da Ordem de São João, Gottfried havia atraído para si a ira do grande comandante genovês Andrea Doria, mas, desde então, Doria havia mudado sua fidelidade ao rei francês para o Imperador Carlos. À luz de seus atos em Viena, Gottfried teve esperanças de que Doria deixaria o passado ser passado.

Aquele lendário guerreiro dos mares havia se tornado o maior poder em sua república natal, desde a última vez em que Gottfried lhe cruzara o caminho. Logo, em 1524, Andrea Doria estivera servindo ao rei francês Francis I, como comandante de sua frota mediterrânea. Ele havia ordenado que Gottfried Von Kalmbach fosse sumariamente enforcado, se capturado – o bávaro havia saqueado um navio genovês. Desde então, Doria se desencantara com a baixeza do monarca francês, como o Duque de Bourbon, e quando seu contrato com a França expirou, em 1528, ele entrou para o serviço do inimigo de Francis, o Imperador Carlos.

Outrora ele havia ajudado a pôr sua cidade nativa sob o domínio francês. Agora, com a ajuda de alguns citadinos, ele fortemente se livrou dos franceses, estabelecendo Gênova mais uma vez como uma república, sob a proteção do Império. Quando Gottfried e Sonya chegaram, Andrea Doria havia reformado a constituição e acabado com a luta de facções que enfraquecia a cidade – uma grande façanha –, ao criar uma nova classe dominante, formada pelas principais famílias aristocráticas da cidade: vinte e oito “Alberghi”, ou clãs. Ele recusou o governo de Gênova, mas o conselho o apontou como “censor perpétuo”, no antigo significado romano do título e não no moderno; o oficial responsável pelo censo, e até certo ponto, pelas finanças do estado. Gênova ainda o premiou com dois palácios, e o título de “Libertador e Pai de Seu País”.

Gottfried e Sonya encontraram a cidade agitada com notícias da primeira Ordem do bávaro, os Hospitalários ou Cavaleiros de São João. O Imperador Carlos lhes havia oferecido uma nova base em sua posse, Malta. Suas únicas condições eram as de que se devotassem a combater os turcos (o que era sua razão de existir, de qualquer forma) e pôr forças militares em Trípoli, no norte da África. A renda para as Ilhas Maltesas tinha que ser puramente nominal: um falcão a cada ano.

Os Cavaleiros decidiram mostrar seu reconhecimento com, como Gutman diz a Spade em O Falcão de Malta, um magnífico pássaro de ouro incrustado com as melhores jóias. Naturalmente eles mantiveram em segredo a natureza do primeiro tributo ao Imperador Carlos. Até onde quase todos sabiam, estavam mandando um falcão vivo e peregrino comum para a corte de Carlos. Todos os falcões cobrados a seguir seriam assim, e entregues ao vice-rei do Imperador na Sicilia, mas não o primeiro e inestimável. Felipe Villiers de L’Isle Adam, o Grande Mestre, sabia muito bem que vice-reis sicilianos, por via de regra, eram incompetentes ou trapaceiros, ou ambos.

O pagamento era devido ao Dia de Todos os Santos – 1o de novembro –, que estava chegando. Os frustrados turcos haviam abandonado o cerco a Viena em 14 de outubro do ano anterior. Gottfried e Sonya haviam tirado um merecido descanso, após Viena e a infeliz visita a Ratisbon, conhecendo um ao outro e construindo sua própria relação, na cama e fora dela. Chegaram a Gênova quase um ano após o Cerco de Viena ter sido suspenso; e o falcão estava prestes a ser entregue.

Andrea Doria estava entre aqueles que sabiam do pássaro enfeitado de jóias. Um grande personagem, um grande guerreiro dos mares e um amigo do Imperador (agora), ele foi convidado para entregá-lo à corte de Carlos após as galeras da Ordem o trazerem para Gênova. Ele concordou. Mas, ao saber que Gottfried Von Kalmbach estava na cidade, com sua amante guerreira Sonya Ruiva, Doria supôs que eles sabiam do falcão com jóias – sem dúvida, através de amigos indiscretos na Ordem – e estariam planejando um roubo audacioso. Ele lançou Gottfried na prisão.

Gottfried achou que fosse por causa de seu ataque a um navio mercante genovês em 1524. Ele apelou para seus recentes serviços de bravura ao irmão do Imperador Carlos em Viena, e pediu por indulgência. Não sendo um sujeito malvado, e adorando homens bravos, mesmo quando eram vagabundos e velhacos, Andrea Doria se sentiu inclinado a emitir um perdão, por causa de Viena e Mohacs, mas ainda suspeitava de Gottfried e seus planos para o falcão. Decidiu que von Kalmbach estaria mais seguro num calabouço, até o pássaro ser entregue, e que suá-lo um pouco não faria mal à sua personalidade.

Ele estava certo em temer pela segurança do falcão, mas havia olhado na direção errada. Na própria Malta, nas oficinas onde o pássaro dourado e incrustado de jóias havia sido trabalhado, alguém havia delatado o segredo, esperando uma recompensa. Os corsários de Argel souberam a respeito dele – mais especificamente, o maior de todos eles, Kair-ed-Din, a quem os cristãos chamavam de Barbarroxa (Barba-Ruiva). “Khair-ed-Din” era um título honorífico que significava “Benevolência dos Fiéis”, mas seu nome pessoal era Khizr. Seu irmão mais velho Aruj, que morreu em 1518, havia sido conhecido como Barbarroxa antes dele. Eles e seus outros ishaks haviam tomado Argel dos espanhóis em 1516, e fundaram o estado corsário que continuaria sendo uma ameaça no século XVIII. Em 1519, Khair-ed-Din, o último irmão sobrevivente, derrotou um exército hispano-italiano que veio retomar Argel, e ele invadiu a Sardenha, a Itália e a Espanha durante toda a década de 1520.

Ele queria o falcão pelas razões de um pirata, mas havia se tornado um homem de estado também. Com base em Malta, os Cavaleiros podiam lhe diminuir os ataques, e até ameaçar a Berberia. Se Barbarroxa pegasse o falcão, o primeiro tributo para Carlos, e ele se tornasse um troféu nas mãos dos muçulmanos, a humilhação na Ordem seria intensa. O Imperador poderia até duvidar que eles fossem dignos de seu apoio, e mudar de idéia sobre lhes dar Malta.

O Sultão Suleyman, é claro, sentiria imensa alegria.

Ardendo de energia predatória e violenta, apesar de já ter mais de 50 anos agora, Khair-ed-Din liderou uma esquadra de galés piratas para leste, passando pela Sardenha e entrando no Mar Tirreno. Os Cavaleiros de São João haviam começado sua viagem para Gênova com o falcão, numa esquadra de suas próprias galés, remando pela costa leste da Sicília através do Estreito de Messina. De lá, seguiram a costa italiana até Nápoles e o porto de Roma, Civitavecchia (após o saque de Roma, em 1527, o Papa Clemente VII havia sido forçado a ceder Civitavecchia ao Império). No momento de partir novamente, os Cavaleiros se viram atacados em todas as direções por Barbarroxa, numa luta marítima sem trégua.

Nesse meio tempo, Sonya Ruiva não ficara passiva nem desocupada. Ela espionou, subornou, ameaçou, cometeu assalto e possivelmente seduziu, para tirar Gottfried da prisão. Ela tinha amigos na corte de Sforza em Milão, a menos de 130 km ao norte de Gênova, desde seus meses movimentados lá, em 1525, e eles devem ter auxiliado. Gottfried, a essa altura, já sabia sobre o falcão incrustado de jóias. Andrea Doria havia contado a ele, enquanto o interrogava, achando que isso não faria mal, vez que pretendia manter o germano na prisão até o falcão alcançar seu devido destino.

Havia uma galé veneziana ancorada. Sonya havia pagado seu capitão para tirá-los de Gênova, quando ele partisse; estava a caminho de Creta, e depois para casa. Andrea Doria quase explodiu ao saber que Gottfried havia escapado, com a informação que tinha, e partiu pessoalmente em perseguição com um esquadrão inteiro de galés.

O capitão da galé veneziana tinha uma consciência pesada sobre muitas relações comerciais com os corsários berberes. Vendo os navios o seguirem implacavelmente, e o estandarte de Andrea Doria na vanguarda, achou que estivessem atrás dele. Se soubesse que Gottfried e Sonya estavam sendo caçados pelo comandante, ele os entregaria – ou tentaria, apesar dos infortúnios que isso significaria –, mas eles não o esclareceram. Atravessando o Mar Tirreno, eles correram direto para dentro da luta desesperada entre os Cavaleiros de Malta (que levavam o falcão) e o próprio Khizr Khair-ed-Din Barbarroxa.

Os cavaleiros estavam levando a pior. As galés berberes, com um único banco de remadores cada uma, também carregavam um canhão na proa e uma pistola giratória de cada lado. Na popa, havia uma área cercada e coberta, para abrigar a companhia de janízaros (uma centena ou mais), que uma galé pirata normalmente carregava para uma abordagem. Os Cavaleiros também eram guerreiros marítimos experientes, com uma frota de galés, mas àquela altura eles estavam numericamente superados, e em apuros com Barbarroxa.

Gottfried havia encontrado aquele corsário veterano antes. Antes dos 20 anos, Gottfried havia estado numa batalha naval contra um esquadrão de galés comandadas por Khair-ed-Din, e agora ele enfrentava outra vez o senhor de Argel. O capitão veneziano, vendo o tipo de batalha que o encarava, deu ordens para dar a volta e fugir, mas Gottfried revogou a ordem com um giro de sua enorme espada larga. O capitão caiu morto. A galé veneziana, sob novo comando, entrou no grosso da luta com a esquadra de Andrea Doria logo atrás de si.

O resultado foi um combate furioso e sem trégua, as galés de Malta e Gênova contra os corsários berberes, com Sonya e Gottfried no meio. Nem mesmo em seus anos com a Ordem, o germano conhecera uma luta tão selvagem, da qual tanta coisa dependia. Sonya raramente pisara no convés avermelhado de uma galé, mas havia conhecido batalha sobre a água, em seus dias entre os cossacos. Os cossacos já haviam começado a fazer ataques-surpresa através do Mar Negro em suas chalupas (*) baixas e sem quilhas, chamadas chaika (gaivotas), as quais carregavam quase 70 homens cada, moviam-se rapidamente e eram difíceis de ver antes que se apoderassem de sua presa. Sonya havia participado de várias daquelas incursões.

Como nos muros de Viena, ela lutou ao lado de Gottfried, com flechas turcas sibilando no ar e mosquetes turcos troando morte. Os janízaros lançaram seus ganchos de abordagem, os quais bateram e se cravaram nos costados, e partiram para o ataque, suas cimitarras e lanças derramando sangue. A grande espada larga de Gottfried distribuiu morte, decepando braços e abrindo cabeças, enquanto o sabre cossaco de Sonya abria membros com ferimentos que deixavam seus inimigos sem sangue em poucos instantes, ou cortava gargantas até a espinha com cortes letalmente desentranhadores. Até mesmo toucas de malha e capacetes de aço falhavam contra sua perícia feroz. Ela cegava homens com golpes de um lado a outro do rosto, ou abria traquéias através da cota de malha com a parte de trás da espada. Quando os turcos caíam aos seus pés, ela, como Gottfried, esmagava-lhes impiedosamente as vidas. Quando ela ou ele encontrava dificuldades, o outro estava sempre lá para ajudar.

No final, feridos e arfando, eles viram as galés argelinas recuarem através de uma abertura cada vez maior de água avermelhada. Os Cavaleiros e Andrea Doria combinados haviam sido demais, até mesmo para Barbarroxa. O incomparável prêmio do falcão incrustado de jóias permaneceu com os Cavaleiros, e foi devidamente entregue a Carlos. Desapareceu finalmente, e muitas pessoas cobiçosas procuraram por ele – um prêmio que havia se tornado uma lenda. Homens ainda matavam por ele no século 20, como Dashiell Hammett lembra.

Mas, no século 16, Andrea Doria tinha de reconhecer que jamais teria chegado a tempo, se não estivesse perseguindo Gottfried e Sonya tão furiosamente. Ele pagou seu débito ao deixá-los partir. Eles provavelmente atormentaram as águas entre a Espanha e o Norte da África por um tempo, na galé veneziana, com uma tripulação de escravos libertos de bancos berberes de remadores. Podem ter morrido juntos em outra luta marítima, ou aberto seu incansável caminho do Mediterrâneo até o Báltico, ou até mesmo cruzado o Atlântico até o Brasil e México.

Para onde quer que foram, isso é certo: eles pintaram o diabo e gozaram a vida antes de morrer.





(*) – Chalupa: Antigo navio a vela, de dois mastros (Nota do Tradutor).

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Tradução: Fernando Neeser de Aragão.





A Seguir: A Perigosa Helen Tavrel – Parte 1.




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