Bakhara, Reino do Conhecimento

(por Al Harron)



O largo cinto bakhariot, que lhe sustentava a adaga em sua bainha ornamentada, estava à altura das túnicas de um príncipe” (O Povo do Círculo Negro).


Seu próprio nome significa “Cheio de Conhecimento”. O reino de Bakhara é um centro de civilização oriental, com sua arte, arquitetura e história sendo um verdadeiro pilar da história dos Reinos Dourados, e é um dos reinos mais avançados da região. Sua capital Bakhaurus é uma grande cidade de cúpulas douradas, com a grande cidadela em seu centro sendo uma fortaleza inexpugnável.

Assim como pelas belas peças de roupa, como os famosos cintos e cinturões bakhariots, Bakhaurus é famosa como uma cidade de aprendizado e ciência. Muitos estudiosos eruditos e proeminentes estudaram em Bakhaurus: médicos, historiadores, poetas, cientistas e polímatas, de todos os assuntos e nacionalidades, abrilhantaram as escolas e livrarias da cidade. Muitos orientais – e até mesmo alguns nemédios – consideram a Grande Livraria de Balkharus inigualável em todo o mundo.

A origem de Bakhara é apresentada na poesia épica da região – particularmente em “O Livro dos Reis”, o qual foi mais tarde transcrito para o Shahnameh iraniano. Siavash, um rei iranistani da Dinastia Peshtahk, havia sido expulso do Iranistão por uma conspiração de vizires rivais, os quais tinham inveja de sua habilidade, inteligência e popularidade. Chegando à cidade de Secunderam, controlada pelos turanianos, a qual era originalmente uma cidade turaniana antes das tribos do Ghulistão a conquistarem, ele se casou com a filha do Lorde de Secunderam. O Rei Afrasiab lhe concedeu vassalagem, e deu a ele território no Oásis Bukhara. Lá, ele construiu a cidade de Bakhaurus.

Por fim, Afrasib também ficou com inveja do poder de Siavash, e o assassinou; em retaliação, o pai de Siavash, Shah Kai, liderou seu exército e devastou Secunderam, matando Afrasiab e deixando as cidades meridionais de Turan vulneráveis ao ataque dos ferozes montanheses do Ghulistão. Então, Shah Kai assumiu o controle de Bakhaurus e a declarou independente, tanto de Turan quanto do Iranistão, para forjar o próprio destino dela no leste.

Bakhara é um reino forte. Há três únicos recrutamentos mercenários e regionais disponíveis: Montanheses Bakhariots, Guardas Bakhariots e Lanceiros Bakhariots. Os Montanheses Bakhariots são atiradores nativos das colinas baixas de Bakhara, e andam armados com dardos de arremesso, machados e leves escudos. Os Guardas Bakhariots são uma nova unidade de guardas profissionais, formada por imigrantes hiborianos recentes: eles usam o fabuloso vestiário pelo qual seu reino é famoso, bem como brilhantes armaduras de escamas lavradas a ouro, manejando lanças e escudos tanto em formações defensivas quanto ofensivas. Os Lanceiros Bakhariots são famosos por todos os Reinos Dourados – uma fusão da cavalaria hiboriana ocidental e oriental. Usam como armas uma incomum lança bimanual e um grande machado, montados em grandes cavalos khorosunianos com armaduras de escamas. A tecelagem é a maior riqueza da região, junto com algumas relacionadas aos estudos.

Após a Era Glacial, a lembrança de Bakhara seria ecoada na cidade de Bukhara, na Báctria: uma brilhante herdeira de sua gloriosa predecessora da era Hiboriana.



Tradução: Fernando Neeser de Aragão.


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