CONAN, O CIMÉRIO # 14 - resenha

(Mythos Editora) – Edição Mensal

Autores: O Íbis e a Serpente – Kurt Busiek (roteiro), Cary Nord, Tom Mandrake & Thomas Yeates (arte)

Preço: R$ 4,90

Número de Páginas: 28

Data de Lançamento: Maio de 2005

Sinopse:

Na cidade de Hanumar, Kalanthes, Conan e Janissa têm seu confronto final com Thoth-Amon e seu demônio. O trio enfrenta os cidadãos de Hanumar que estão completamente dominados pela magia de Thoth e chegam a uma praça, onde o confronto tem seu ápice.

Enquanto Kalanthes usa seus poderes para deter o avanço do monstro-Thoth e Janissa invoca a presença de um deus ancestral, usando a jóia denominada Olho de Tik-Pulonga, Conan adentra o próprio monstro, cortando e dilacerando com sua espada, ao mesmo tempo em que seu corpo é retalhado pelos insetos do demônio.

Mas no fim é Conan quem sai triunfante!

Positivo/Negativo: Leinil Francis Yu, o responsável pela angustiante capa desta edição, conseguiu emprestar à arte uma sensação de impotência ao ilustrar Conan indefeso, preso por insetos e galhos, diante de uma espada quase ao seu alcance, e, no entanto, sem poder tocá-la para se libertar.

Contudo, ao virar a página, a sensação de impotência desaparece, pois Conan, empunhando sua espada, não é nada indefeso.

Apesar de vermos o confronto entre duas forças oriundas da magia, é a força e a vontade de Conan que se tornam o diferencial na batalha. É Conan, mais do que ninguém, o verdadeiro vencedor, provando mais uma vez que não deve ser subestimado.

Sobre a arte da revista, esta continua excelente. Curiosamente, Tom Mandrake finalizou apenas seis páginas, da 17 a 22, enquanto Yeates concluiu as outras.

Nesta edição, infelizmente, não tivemos as sarcásticas aventuras de Bob Cano-Duplo.

Aqui cabe um adendo sobre a cronologia de Conan: de acordo com Robert E. Howard, no conto “A Torre do Elefante” (Conan – Espada e Magia #1, da Ed. Unicórnio Azul, e Conan O Cimério Vol 1, da Ed. Conrad), Conan parecia ter – antes de conhecer Zamora e depois de ter passado pela Nemédia – estado na Aquilônia e em Koth. Na pág. 100 da Conan O Cimério Vol 1, ao falar da relação entre o Bárbaro e os zamorianos, R. E. Howard diz que estes últimos “nem mesmo eram do seu sangue, como os britunianos mais a oeste, os nemédios, os kothianos e os aquilonianos, de cujos mistérios ele [Conan] tomara conhecimento tempos atrás”.

Como ocorreu com Dale Rippke em sua Cronologia – com a qual concordamos em parte –, fomos levados à conclusão de que o percurso de Conan da Ciméria, após fugir da Hiperbórea, foi: Britúnia, Nemédia (Deus na Tigela), Aquilônia (onde, na nossa opinião, deveria ficar a cidade de Hanumar), uma brevíssima estadia em Ophir (muito poucos dias), Koth (para onde ele deveria ter ido com Jiara, a colega desta e o mercador) e, finalmente, Zamora. De qualquer modo, o trajeto feito por Kurt Busiek (Britúnia – Nemédia – Ophir – Coríntia – Zamora) está bem menos distante da concepção howardiana do que a equivocada idéia de DeCamp – engolida por Roy Thomas e muitos outros – de que o Cimério teria ido da Hiperbórea para Zamora, passando somente pela Britúnia.

Classificação: 4 – Osvaldo Magalhães e Fernando Neeser, Cronistas do Portal Crônicas da Ciméria
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