RPG: Caçadores de Recompensa - Aventuras na Era Hiboriana Parte 2 - No Templo do Deus Otyugh

por Alessandro Nunes
em 25/09/2004

Campanha de RPG utilizando o sistema Dungeons & Dragons - D&D 3ª Edição - com a participação de Alessandro Nunes (Ossian), Alexandre Falck (Mitigas), Roberto Katsutoshi (Garus) e Dionísio Alcântara (Ardalyus / Milus).

Parte 2 - No Templo do Deus Otyugh
por Alessandro Nunes
em 07/10/2004

O sol fervente e a sede desperta o grupo de mercenários, que de ladrões de templo se tornam escravos. Acorrentados sobre uma carruagem, logo percebem se encontrar por um deserto, e a única pessoa à vista é o cocheiro que os guiava.
 
Horas passadas de sede e fome, o grupo questiona a coragem do seu sequestrador, ao mesmo tempo em que surge no horizonte um bando de cavaleiros khitaneses. O que parecia um assalto logo se torna uma negociação, quando os khitaneses se mostram não ladrões, mas sim mercadores de escravos, deixando o antigo cocheiro para trás e escoltando o grupo para seu cruel destino.
 
Já é noite quando o bando chega às ruinas de um templo abandonado, onde nenhum sinal de vida se mostra à vida, embora uma tenebrosa luz salte do interior do lugar. Entregues à própria sorte, o grupo é abandonado dentro do templo, onde se encontra uma espécie de seita a um deus-demônio, para o qual seriam servidos como sacrifício, segundo bradavam os khitaneses antes de isolarem o portão principal. Vestidos com mantos negros dos pés à cabeça, os irreconhecíveis cultistas nada pronunciavam, e o único ruído surgia de dois deles, com tambores de peles, cujo barulho ressoava alto pelo imenso salão do templo.

Na extremidade oposta à qual os acorrentados adentraram a sala, uma estranha estátua representava um deus distorcido, com três patas e três tentáculos espinhosos, e uma imensa boca ao centro do corpo o qual media cerca de três metros de altura. Subtamente, grades de aço surgiam do chão, separando os cultistas, alinhados às paredes, das oferendas, ainda na escadaria que dá acesso ao salão.

Cada vez mais rápido, o barulho dos tambores davam vida à estátua que iniciava lentos movimentos ao descer do altar. Agora a criatura, mais demônio do que estátua, girava ao redor do próprio corpo, cada vez mais se aproximando do grupo de infelizes mercenários oferecidos como sacrifício e alimento. A crueldade da cena contrastava com o brilho de enormes rubis, que encontravam-se encrustados no que seriam os olhos da criatura.
 
Milus tentava correr mas não encontrava para onde, visto que não havia outra sala no templo senão a que estavam e a única porta havia sido fortemente fechada por fora e bloqueada pelas grades. Mitigas observava os cultistas, mas estes estavam distantes o bastante das grades de modo que não poderiam ser agarrados. Desarmados e acorrentados, Ossian e Garus se preparavam para lutar pela vida, enquanto este último tentava de algum modo se livrar das algemas.
 
Uma covarde batalha pela sobrevivência se inicia quando o demônio lança seus tentáculos contra os guerreiros. Mitigas tenta agarrar uma das extremidades com suas próprias correntes e, ao conseguir, tem seu plano continuado por Ossian e Milus. Frente à imensa bocarra, Garus tenta se desvencilhar das mordidas enquando utiliza a mandíbula da criatura para se livrar das correntes. Ossian agarra outro tentáculo, ao memso tempo que Mitigas começa a ser esmagado pelo braço espinhoso da criatura. Iniciando uma tentativa desesperada de se libertar, o aquilônio chuta o olho brilhante da besta, fazendo-a rugir de dor quando a gema é arrancada com o golpe. Parte do demônio se enrijece como pedra, fazendo-o escorregar, enquanto o outro lado do disforme corpo ainda lutava. Ossian tenta arrancar a outra gema da criatura, mas foi Milus que, com as próprias mãos, arrancou derradeiro olho brilhante, fazendo toda a criatura se contorcer em dor e agonia ao ser petrificada à frente dos que seriam seu sacrifício.
 
Estranhamente, as criaturas vestidas com mantos se desfizeram magicamente em fumaça, deixando apenas os tecidos que os cobriam ao chão. Milus encontra uma alavanca, que os liberta das grades, enquanto Garus ajuda os outros a se desenvencilharem das correntes.
 
Vestindo os mantos negros, o ensanguentado grupo se dirigiu ao deserto, rumo à cidade mais próxima, se existir alguma. Consigo, nada além de desalento e duas valiosas gemas vermelhas.
 
Fim da Parte 2

Compartilhar