em 07/10/2004
A Espada Selvagem de Conan
Em 1984, quando estreou, A Espada Selvagem de Conan, virou febre nacional. É verdade que foi ajudada, naquele ano, pelo lançamento do segundo filme do cimério - Conan, o Destruidor -. Mas o que contava mesmo eram as grandes histórias da memorável dupla Roy Thomas & John Buscema, que fizeram várias adaptações dos contos de REH, L. Sprague De Camp e Lin Carter. Eram histórias fantásticas, recheadas de magia e sedução como A Maldição da Lua Crescente, Os Profetas do Círculo Negro, A Fronteira do Fim do Mundo e Conan, o Libertador - que mostra sua ascensão ao trono de Aquilônia -, além de muitos outras.
Durante 5 anos, a Espada só conheceu o sucesso. E mesmo depois da saga da Rainha da Costa Negra, com a saída de Roy Thomas de suas páginas, a revista ainda se manteve durante agonizantes 3 anos de fracas histórias, produzidas principalmente pelo argumentista Michael Fleischer.
Em fevereiro de 1993, Roy Thomas voltou com tudo, escrevendo monumentais sagas, sempre ao lado de John Buscema e - o já ídolo dos conanmaníacos - Ernie Chan.
Contudo, em meados de 1996 - devido ao estranho cancelamento da americana Savage Sword of Conan em 95 - voltaram os argumentos fracos e distorcidos de Fleischer e Chuck Dixon (embora alguns leitores tenham se manifestado a favor desses dois). Essa situação perdurou até o agosto do ano de 2000, quando chegou às bancas a edição número 189 da ESC, trazendo novas e empolgantes histórias. Na edição 196 (março de 2001) a editora Abril Jovem resolveu atender o pedido de inúmeros fãs, iniciando uma série de republicações das histórias clássicas de Conan, desenhadas por Barry Windsor-Smith. No entanto, em dezembro do mesmo ano, aconteceu a tragédia: A Espada Selvagem de Conan, uma publicação de mais de dezessete anos, havia sido cancelada em seu número 205, encerrando-se sem republicar todas as histórias de Conan Classics. Foi um baque, mas não realmente o fim! Graças à Mythos Editora, os conanmaníacos ainda terão muitas histórias de Conan publicadas. Trata-se da nova revista Conan, o Bárbaro. Veja os detalhes no fim da página.
Conan Saga
A razão da Conan Saga americana era a republicação das melhores histórias de Savage Sword of Conan. Já a Conan Saga brasileira, de periodicidade trimestral, mostrava aventuras ainda inéditas, em sua maioria da década de 80. Seus melhores momentos foram as histórias: A Fênix na Espada, a primeira história de Conan escrita por Howard; Irmãos, de Owsley e Kubert; e A Estrada das Águias, de Thomas e Buscema. Infelizmente, encerrou-se no número 17.
Conan - O Bárbaro (Abril Jovem)
Teve sua estréia, no Brasil, em 1992. Revista mensal, em formatinho, publicava as aventuras coloridas de Conan, que eram da também extinta Conan, the Barbarian. Em seus primeiros números, apresentou a seqüência de A Rainha da Costa Negra (Roy Thomas e John Buscema), passou por maus momentos nas mãos de Michael Fleischer, sendo revitalizada por James Owsley a partir do número 22. Antes de ser cancelada no nº 59, apresentou as novas histórias de Roy Thomas, em seu retorno à Marvel, mas ainda restam algumas histórias a publicar. Vamos esperar...
Conan - O Aventureiro
Com apenas cinco edições, mostrou as primeiras aventuras de Conan, desde seu batismo de fogo em Venarium até os primeiros contatos com os aesires e a civilização. Se destacou, principalmente, por apresentar a arte incrível de Rafael Kayanan. Contou também com o argumento de Roy Thomas. Mas, como sua irmã americana, sofreu da maldição do cancelamento.
Conan Rei
Em 1990, dez anos depois da americana, estreou no Brasil apresentando a adaptação de 'A Hora do Dragão', novela homônima de Robert Howard, criador de Conan. Teve bons e maus momentos, mas, no fim, sucumbiu no nº 24. No final da década de 90, a Abril Jovem lançou Rei Conan, uma espécie de mini-série em 8 edições que mostrou as aventuras restantes do Monarca Bárbaro da Aquilônia.
Outras Revistas
Além das revistas citadas, a Abril Jovem publicou:
1 (uma) revista-pôster do cimério (1993);
2 (duas) Graphic Marvel (edições 12 e 15);
13 (treze) edições especiais em cores;
1 (uma) Espada Selvagem Especial (1984);
5 (cinco) Conan Especial;
2 (duas) quadrinizações dos filmes (o Bárbaro e o Destruidor);
3 (três) Almanaques; e
1 (uma) edição especial de Barry Smith (Conan X Rúnico)
Conan - O Bárbaro (Mythos Editora)
Em breve, um documentário completo sobre como foi possível a publicação da nova revista.
Histórias Publicadas em Revistas de Linha
Capitão América 42;
Superaventuras Marvel 1 ao 5, 8, 11 e 13;
Heróis da TV 36 ao 41, 43, 47, 49, 51, 54, 56, 59, 62, 65 e 67;
Grandes Heróis Marvel 5 - Conan x Thor;
Grandes Heróis Marvel 39 - Conan x Wolverine; e
Capitão América 130 - Conan x Capitão América .
A Abril Jovem também republicou a revista ESC desde o nº 1, encerrando no nº 59.
Na década de 70, o cimério penou um bocado por aqui com as editoras Minami-Cunha, Royal e Graúna, que lançaram revistas sem periodicidade regular. Ele chegou até a receber o esdrúxulo nome de Harthan, o Selvagem. Em 1976, a editora Bloch lançou sua primeira revista regular que se chamava Conan, o Bárbaro, durou apenas 6 números. Depois, em 1982, Conan fez sua estréia na edição nº 36 de Heróis da TV.
Livros
Depois de muitos e muitos anos finalmente uma editora se interessou em publicar uma série de livros do Conan. Trata se da Unicórnio Azul, que publicou a série Conan - Espada & Magia. São eles:
Nº 1 – A Torre do Elefante (Howard), A Filha do Gigante de Gelo (Howard), O Deus na Tigela (Howard), Vingança (Howard), A Fênix na Espada (Howard).
Nº 2 – A Mão de Nergal (Howard/De Camp), A Cidade das Caveiras (Carter/De Camp), A Maldição do Monolito (Carter/De Camp), A Libertação de Thugra Khotan (Howard), O Demônio da Neve (Carter/De Camp) - Estas informações foram gentilmente cedidas por Emanuel Melo (wshark@zipmail.com.br), de Salvador-BA. Valeu Emanuel!
Nº 3 – O Focinho na Escuridão (Howard/De Camp), Revolução na Cidade Maldita (Howard/De Camp), O Salão dos Mortos (Howard/De Camp), A Maldição da Lua Crescente (Howard).
Nº 4 – A Rainha da Costa Negra (Howard), O Castelo do Terror (De Camp), O Vale das Mulheres Perdidas (Howard), O Olho da Morte (De Camp).
Nº 5 – O Poço Macabro (Howard), A Lâmina de Fogo (Howard/De Camp).
Outro livro foi publicado pela Editora Newton, em 1996, cujo título, Pregos Vermelhos, é a tradução literal de 'Red Nails', de Robert Howard - corresponde à história 'A Cidadela dos Condenados', publicada em ESC 2. Informações cedidas por Bernardo - bemeve@ig.com.br - e Vagner - vagner.silva@mailbr.com.br.
Houve ainda mais um livro. Na verdade, uma coletânea de Isaac Asimov, publicada pela Editora Melhoramento. O título é MAGOS - OS MUNDOS MÁGICOS DA FANTASIA. E a história publicada foi O Povo do Círculo Negro, uma tradução literal de 'The People of the Black Circle', de Robert Howard - corresponde à história 'Os Profetas do Círculo Negro', publicada em ESC 12 a 13. Informações cedidas por Vagner - vagner.silva@mailbr.com.br.
