em 07/10/2004

Nascido em 1949, no extremo leste de Londres, Barry Smith cresceu em um bairro de classe operária e logo desenvolveu um interesse muito grande por desenhos, e fascinação por quadrinhos, particularmente os de super-heróis.
Em 1968, entrou como turista nos Estados Unidos e, pouco depois, começou seu trabalho na Marvel com um personagem de Robert E. Howard... o bárbaro Conan! Difundida sua arte, Barry Smith fez marcar seu estilo inconfundível. Estilo que, com Conan, foi o mais puro e clássico possível, sempre usando traços suaves e cenários bem trabalhados, embora copiasse desenhos de Jack Kirby e os mandasse de Londres aos Estados Unidos pelo correio.
Em pouco mais de seis meses ilustrando Conan, Barry tornou-se um dos mais importantes quadrinhistas do mundo.
Barry Smith assim falou de Conan, em uma entrevista a uma revista da Marvel: 'Li os livros de Conan porque Roy Thomas pediu, eu nunca havia ouvido falar deles. Fiz os três primeiros gibis como se fossem de um super-herói espadachim. Só com A Torre do Elefante, no quarto número, captei o personagem. Este conto de Howard apresenta toda a quintessência de Conan, uma obra mágica, eterna. Mas o meu Conan eu inventei como uma versão do que gostaria de ser, vivendo num mundo mágico, de trevas. Fiz Conan, inclusive fisicamente, parecido comigo, magro e mais ágil'.
Quando Barry deixou a Marvel, por achar que nada mais havia depois de Conan, John Buscema utilizou-se de sua técnica convencional, deixando o cimério mais popular.
Recentemente, Barry Smith voltou em grande estilo no especial Conan x Rúnico, escrito e desenhado por ele.
Extraído da introdução de Conan em Cores 3, por Lucrécia M. B. Freitas e de parte de uma matéria de Franco de Rosa, publicada na revista Super Club! Gigante Nº 1, da Editora Escala Ltda.