em 07/10/2004
Meus olhos buscavam uma luz na escuridão
Um raio maldito cortou o manto da noite
Sombras disformes gemiam na sofreguidão
Um medo inefável me atingiu como foice
Soltei meus instintos de seus grilhões
E saltei para a morte com decisão
Gritando blasfêmias e maldições
Com o peito ardendo de emoção
Num frenesi louco me deixei cair
Minhas mãos procuravam no que se firmar
Deste poço fétido pretendo sair
Pois todos os riscos vou ter de arriscar
Em muitas batalhas pretendo lutar
E no fim, triunfante, a espada erguer
Gargalhando dos deuses do céu e do mar
Fazendo-os em seus reinos sentirem meu poder
No jogo da morte pretendo jogar
A mim não importa vencer ou perder
Pois no fim o diabo irei destronar
Sem nada no mundo temer
Mulheres ardentes com beijos sufoquei
E em leitos macios senti o prazer
Quando parti não mais voltei
Pois pro mundo eu fui para viver
A lua já surge no firmamento
E, infatigável, me ponho a andar
Pois é aqui, nesta terra de dor e sofrimento
De magia e loucura, onde pretendo reinar!