Resenhas: Conan, o Cim�rio # 10

por Osvaldo Magalhães
em 19/03/2005

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Título: CONAN, O CIMÉRIO # 10 (Mythos Editora) - Edição Mensal

Autores: Morte no Templo - Kurt Busiek (adaptação), Cary Nord & Thomas Yeates (arte)

Preço: R$ 4,90

Número de Páginas: 28

Data de Lançamento: Janeiro de 2005

Sinopse: Chegando a Numália, a segunda maior cidade da poderosa Nemédia, Conan invade um museu para roubar uma peça para um jovem nobre endividado.

Dentro do relicário, o Cimério se depara com um vigia e um corpo de um homem assassinado.

Tomado por assassino, o Gigante de Bronze tem de enfrentar as capciosas perguntas do inquisidor local e as ameaças da truculenta guarda da cidade.

Enquanto isso, coisas estranhas estão acontecendo no Templo de Kallian Publico.

Comentários: A primorosa revista Conan, o Cimério, vira o ano com um leve aumento no preço de capa, que passa de R$ 4,50 para R$ 4,90.

Mas é difícil perceber esse ônus quando se avista a excelente arte de capa de Leinil Francis Yu (que desenhava X-Men e Wolverine).

Esta aventura é adaptada do conto The God in the Bowl (O Deus na Cesta), de Robert Howard, o criador de Conan, e mostra o jovem bárbaro envolvido em uma trama de assassinato, roubo e horror.

É um Conan ainda inexperiente diante das sutilezas e artimanhas da civilização, lutando pela sobrevivência em um mundo que ele ainda não aprendeu a compreender totalmente.

Suas únicas armas (além de uma espada afiada) são sua astúcia e força selvagem. Destarte, fazendo uso delas, ele consegue se virar muito bem nesta primeira parte da adaptação do conto de Howard.

Kurt Busiek vem mostrando toda sua competência ao longo das edições de Conan, o Cimério; mas nesta adaptação ele se superou.

Até os detalhes do texto de Howard foram apresentados nesta edição, e o que muito contribuiu para isso foi a arte de Cary Nord, que soube expressar muito bem toda a fúria represada nas expressões de Conan em cada quadro em que o Cimério aparece; além do interior do museu com suas estátuas, peças, tapetes e pórticos.

Os trajes e as armas dos guardas, assim como do próprio Conan, estão exatamente como descritos por Howard. E isso é um mérito da Dark Horse, que comprova que está seguindo à risca os conceitos do criador de Conan, deixando de lado aquele estereótipo criado pela Marvel Comics, que mostrava um Conan usando sempre a mesma tanga e o mesmo par de botas, seja no mar, no deserto, na selva ou na cidade.

E fechando com chave de ouro: o sarcástico Bob Cano-Duplo.

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