Contos: Ciméria

por Robert E. Howard
em 07/10/2004

Eu me lembro...
A floresta negra cobrindo as colinas sombrias
As nuvens cor-de-chumbo eternamente no céu
Os riachos escuros que fluíam em silêncio
E as brisas solitárias que cantavam pelos bosques
Colina após colina, encosta após encosta
Enegrecidas por árvores tristes
Assim era minha terra
Lá, quando alguém alcança um pico rugoso
Seus olhos contemplam
Apenas a interminável paisagem
Colina após colina, encosta após encosta
Sempre forradas por densa folhagem
Terra fria e tenebrosa
Ela parecia reunir todos os ventos e nuvens para esconder o sol
Por trás de seus galhos
Balançando ao sabor do vento
Em meio às florestas que engoliam o dia
E transformavam os homens
Em nada mais do que sombras
Seus filhos a chamavam de
CIMÉRIA
Terra de trevas e noite eterna
Foi tudo a tanto tempo
Que nem mais recordo o nome pelo qual me chamavam
As caçadas e as guerras já não passam de um sonho
Que aos poucos os anos apagaram
Lembro-me apenas da quietude de suas matas
Das nuvens cinzentas coroando suas colinas
E de seu nome...
CIMÉRIA
Terra de trevas e noite eterna.
Compartilhar