Contos: A Canção de Bêlit

por Conan - Espada e Magia Nº 4
em 07/10/2004

Em meio aos escombros da cidadela morta
Seu olhar foi tomado pelo brilho do mal
E uma estranha loucura agarrou-me a garganta
Como se ameaçada por um amante rival.

Caí num sonho que a lótus negra produziu?
Maldito o sonho que tornou-me a vida indolente
Maldita cada hora preguiçosa que não viu
O sangue a pingar da faca vermelha e quente

As sombras eram negras ao seu redor
E das mandíbulas escancaradas com fragor
Espessas gotas rubras caíam em chuva forte
Meu amor porém, era mais feroz que o feitiço morte
Nem os muros de ferro do Inferno todo
Impediriam que eu ficasse ao seu lado

Já não mais vagamos como outrora
Não remamos nem ouvimos o vento cantar
A bandeira não assusta mais as praias sombrias
Ó imensidão azul, recebe de novo agora
Aquela que tu me deste para amar

Fonte: Conan - Espada e Magia Nº 4 - A Rainha da Costa Negra - Ed. Unicórnio Azul

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