em 17/01/2005
Título: CONAN, O BÁRBARO # 32 (Mythos Editora) - Revista mensal
Autores: Um Cimério na Corte do Rei Kull - Roy Thomas (argumento), Mike Docherty & E. R. Cruz (arte); A Era Hiboriana: Capítulo I - Roy Thomas (Texto) & Walt Simonson (arte); A Torre das Brumas - Roy Thomas (argumento), John Buscema & Pablo Marcos (arte).
Preço: R$ 5,70
Número de Páginas: 60
Data de Lançamento: Outubro de 2004
Sinopse: Um Cimério na Corte do Rei Kull - A mais famigerada dupla de todas as eras, Conan e Sonja, aparece magicamente em plena Cidade das Maravilhas, capital da Valúsia, nos tempos do Rei Kull.
Capturados pelos Guerreiros Vermelhos, fiéis integrantes da guarda do palácio, Conan e Sonja são levados ao calabouço e descobrem que não estão ali por acaso, pois Kull está desaparecido e o Cimério deve tomar o seu lugar.
A Era Hiboriana: Capítulo I - Como, e, principalmente, o que era o Período Pré-Cataclísmico? Roy Thomas e Walt Simonson respondem a esta pergunta neste capítulo adaptado de um ensaio de Robert E. Howard.
A Torre das Brumas - Conan, o Cimério, acompanhado do casal de jovens, Tara e Yusef, encontram uma estranha cidade em um caminho pouco usado entre Ophir e Argos. Lá, eles vivem uma estranha e mortal aventura, povoada por homens semi-vivos, um demônio alado e uma mulher encantadora.
Comentários: Earl Norem é o nome do artista que assina a capa desta excelente edição de Conan, o Bárbaro. Por sinal, essa arte apareceu pela primeira vez por aqui em agosto de 1995, ilustrando a capa de A Espada Selvagem de Conan (ESC) # 129, no saudoso tempo em que ler Conan custava apenas R$ 1,80. Curiosamente, a primeira história da edição mostrava mais uma beldade hiboriana: Valéria.
Bom, após se recompor e se empertigar um pouco, o leitor pode virar a página e se informar das novidades, as quais o dedicado editor hiboriano se esforça em nos informar.
Daí, é só continuar a passear pela Cidade das Maravilhas, lá na longínqua era pré-cataclísmica, muito antes dos oceanos revoltos tragarem a Atlântida (alguém lembrou das Tsunamis?).
O enredo é inusitado: os asseclas do rei Kull, em seu desespero para iludir o povo sobre o sumiço do soberano, fazem uso da semelhança física entre Conan e Kull, para pôr o Gigante Cimério sentado no Trono de Topázio.
A arte, que continua sob a tutela de Docherty e Cruz, só falhou em um ponto, na minha opinião: explorou pouco ou quase nada da arquitetura pitoresca da Cidade das Maravilhas. Aliás, esse é bem o estilo de Docherty: o enfoque no ser humano, deixando o pano de fundo em um distante segundo (ou terceiro) plano. Mas no caso desta aventura, bem que podia ter um ângulo mostrando a amplidão dessa famosa cidade, a capital de Valúsia.
Ao que parece, Roy Thomas tem uma fantasia secreta: ele gosta de ver Sonja em trajes de dançarina (vide: O Preço da Traição/Super Aventuras Marvel # 20/ESC 48), como é o caso em que a ruiva aparece no fim da história, em trajes bem sensuais (longe daquele traje sem graça criado por Docherty).
Para quem gosta de matar saudades esta edição está perfeita, afinal, não é todo dia que temos a oportunidade de apreciar uma arte tão marcante quanto a de Walt Simonson no curto Capítulo I do ensaio A Era Hiboriana (visto pela primeira vez na ESC 5, de janeiro de 1985). São apenas seis páginas, mas elas encerram cenas colossais de batalhas, cidades, povos e tragédias.
Logo após uma rápida vista no mapa hiboriano e na galeria de capas de Conan the Barbarian, é a vez do leitor acompanhar Conan e seus dois amigos, Tara e Yusef, na clássica A Torre das Brumas (vista há 10 anos em Conan Saga # 8, de novembro de 1994, da Editora Abril Jovem).
Pablo Marcos, o arte-finalista desta história, é o tipo de desenhista que podia ter aparecido mais vezes nas páginas hiborianas, porque o cara é muito bom nesse ofício. Até que nem tanto como desenhista, mas sua finalização, ao menos sobre o traço de Buscema, é bárbara, rústica e selvagem; além, é claro, de seu talento para desenhar mulheres, que lembra bem o corpo sensual das brasileiras.
Para completar, mais fichários de A Era Hiboriana de A a Z.