Resenhas: Conan - o B�rbaro # 27

por Osvaldo Magalhães
em 07/10/2004

Título: CONAN, O BÁRBARO # 27 (Mythos Editora) - Revista mensal

Autores: O Monstro da Lagoa - Roy Thomas (argumento), John Buscema & Dick Giordano (arte); Duelo na Roda de Espadas - Roy Thomas (argumento), Mike Docherty & E. R. Cruz (arte).

Preço: R$ 4,40

Número de Páginas: 52

Data de Lançamento: Abril de 2004

Sinopse: O Monstro da Lagoa - Conan e Stefanya se vêem diante de um monstro aquático colossal chamado Pthassiass. O Cimério envolve Pthassiass numa batalha contra a vegetação carnívora do jardim ao redor e sai vivo da rusga.

Ao reencontrar Lupalina, esta reconhece Stefanya como sendo filha de Chrysala, a falecida princesa de Phalkar. Themas Heklar havia tentado matá-la quando se tornou regente, mas Lupalina fugiu com ela e a entregou aos cuidados de Zoqquanor - o mago cujo corpo Conan e Stefanya estavam transportando.

Logo, Conan descobre que o amuleto de Merdoramon chegou tarde demais, pois Themas Heklar havia sido deposto por um feiticeiro nascido demônio de nome Unos, que agora governa Phalkar com mão de ferro.

Duelo na Roda de Espadas - Na batalha entre Kozakis e Companheiros Livres, o primeiros saem vitoriosos e Conan unifica os dois exércitos.

Mas a ameaça do exército turaniano ainda paira sobre as cabeças kozakis feito uma nuvem negra que prenuncia a tempestade, e no vórtice dessa tempestade surge um novo comandante, cujo nome, Grimm, traz lembranças nada agradáveis ao Gigante de Bronze.

Mas antes dessa desagradável notícia, Conan é obrigado a duelar simultaneamente com seis guerreiros kozakis, de diferentes tribos, para poder unificar todas as facções kozakis contra o exército do príncipe Yezdigerd.

Ao fim do duelo, o vitorioso bárbaro reencontra um antigo companheiro de aventuras: Zula!

Comentários: Joe Chiodo é o artista que assina a capa da edição, com seu pincel de traço difuso e sombrio.

O tradicional índice comentado traz boas novidades aos ansiosos conanmaníacos, sendo a principal delas a informação de que a edição especial colorida finalmente será publicada, trazendo em seu miolo a trágica e clássica aventura A Cidadela dos Condenados (Red Nails), de Roy Thomas e Barry Smith.

Para completar a fase de novidades, uma nova série de artigos passa a ser publicada na revista. Trata-se de A Era Hiboriana de A a Z, que são fichários extraídos do The Official Handbook of the Conan Universe, uma espécie de guia publicado há quase duas décadas pela Marvel Comics e que só agora temos a oportunidade de conhecer.

Passemos, então, à análise das duas histórias: A clássica O Monstro da Lagoa, terceira parte da adaptação de A Maldição do Feiticeiro, de Gardner F. Fox, coloca o bárbaro da Ciméria mais uma vez em meio a brigas entre feiticeiros, onde monstros e magia se confundem num enlevo obsceno aos sentidos de Conan.

Já a segunda e inédita aventura trata de batalhas e habilidades bélicas, onde a força e a inteligência do Cimério contam mais.

O destaque vai para arte-final de E. R. Cruz, que criou um clima quase cinematográfico sobre o traço inconfundível de Docherty. Vale lembrar que a arte foi totalmente produzida para ser publicada em preto & branco, já que a continuidade das aventuras de Conan entre os Kozakis passou a ser mostrada em The Savage Sword of Conan, após o cancelamento do título colorido Conan the Barbarian. E. R. Cruz, para quem ainda não conhecia, teve seu maior destaque finalizando a saga Conan e o Deus-Aranha (A Espada Selvagem de Conan # 117 a 120), desenhada por John Buscema. Um verdadeiro espetáculo dos quadrinhos, onde o domínio do claro-escuro e as expressões fisionômicas, a marca de Cruz, foram o complemento perfeito à adaptação do conto de Sprague De Camp. Cruz também desenhou algumas aventuras do Rei Kull e uma ou outra de Conan.

Apesar do esforço do arte-finalista, infelizmente, na minha opinião, Mike Docherty falhou ao caracterizar o novo comandante do exército turaniano, o cimério chamado Grimm, que ficaria mais adequado a alguma aventura do justiceiro mascarado conhecido como Batman, em alguma de suas aventuras da série Túnel do Tempo, como um arremedo do Curinga, claro; ou como substituto eventual do famoso inimigo do aracnídeo Homem-Aranha, o sinistro Lápide, com seus dentes afiados e sua voz ciciosa.

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