em 19/10/2004
Título: CONAN, O BÁRBARO # 29 (Mythos Editora) - Revista mensal
Autores: As Garras de Nergal - Roy Thomas (argumento), Mike Docherty & E. R. Cruz (arte); O Altar e o Deus-Escorpião - Roy Thomas (argumento), John Buscema & Tom Palmer (arte).
Preço: R$ 4,40
Número de Páginas: 52
Data de Lançamento: Julho de 2004
Sinopse: As Garras de Nergal - Conan e seus comandados, uma força-tarefa composta por Companheiros Livres e Kozakis, são emboscados por montanheses e durante a peleja uma gigantesca mão espectral surge em cena para terror de todos. Trata-se da Mão de Nergal, a personificação de um demônio que Conan enfrentou no passado (Conan, o Bárbaro # 9, da Mythos).
Intrigado, o Cimério parte com sua coorte para Yaralet onde pretende interpelar junto ao soberano da cidade, o Rei Thann, outrora um príncipe elevado ao trono com a ajuda de Conan. Para sua surpresa, o Bárbaro descobre que não é bem-vindo em Yaralet e de quebra reencontra um velho amigo vanir.
O Altar e o Deus-Escorpião - Em busca de uma guerra com a qual possa se ocupar, Conan segue para a Nemédia, onde ele e uma garota acrobata chamada Tara de Hanumar salvam uma criança de um búfalo em disparada. Pouco depois, o Bárbaro encontra o velho amigo, Murilo de Coríntia, que formou a Companhia Escarlate, um grupo de soldados mercenários.
Agora como segundo-em-comando de Murilo, o Cimério parte para Ophir. Nas ruínas de uma cidade nas montanhas, abandonada desde a época do Rei Kull, eles enfrentam um enorme Escorpião de Cristal e descobrem o Anel da Sombra Negra, que já foi propriedade do feiticeiro Thuron no período pré-cataclísmico. Mas logo após partirem, os soldados que foram deixados guardando o anel são devorados pela Sombra Negra humanóide que emerge dele.
Comentários: A capa de Bob Larkin, apesar de não ser inédita - já que abriu a edição 70 de A Espada Selvagem de Conan (ESC - agosto de 1990) - é bem propícia a este número de Conan, o Bárbaro. A gigantesca mão estendida sobre a donzela em apuros bem poderia passar-se pela Mão de Nergal; somente o antagonista de Conan, um homem em capa vermelha e com uma lâmina pontiaguda no lugar da mão direita, é que se encontra deslocado em relação ao conteúdo da história inédita da edição. Trata-se, porém, de Bor'Aqh Sharaq, um ex-capitão baracho deposto por Conan e seu inimigo mortal. Sharaq fez parte de um bom ciclo de histórias da ESC onde tentava todo tipo de peripécias para liquidar o Gigante de Bronze (ou cão cimério, como ele costumava chamar Conan).
Após a leitura do índice comentado, que já é tradição da revista, o leitor tem a chance de aprimorar seus conhecimentos hiborianos com a tempestiva ajuda de Roy Thomas em sua Fonte Hiboriana.
O mapa da Era Hiboriana já é parte integrante da revista e dispensa comentários.
Daí, o entusiasmado leitor tem que se desviar de algumas flechas ao dar de cara com uma ferrenha luta entre os homens de Conan e montanheses no norte de Turan.
As quatro primeiras páginas da aventura inédita são uma boa oportunidade para se fazer uma pergunta que intriga a muitos: por que será que Mike Docherty desenha o interior da boca dos personagens como se estivessem cheios de baba e saliva espessa?
Depois da batalha, nada como tomar uma cerveja gelada na Taverna Hiboriana, o ponto de encontro dos mercenários e dos bárbaros brasileiros (e das donzelas, claro).
Após o "happy-hour", pausa para mais uma Fonte Hiboriana, onde Thomas dá explicações sobre as dificuldades de se fazer adaptações de contos para os quadrinhos.
Descendo um pouco pelo mapa hiboriano, em direção ao Oeste, chega-se a Belverus, a capital da Nemédia, onde se encontra uma feira muito animada que é o palco de estréia da saga O Escorpião e a Sombra, uma das mais sérias aventuras já publicadas em Conan, o Bárbaro.
Para satisfação dos eruditos leitores hiborianos a edição vem com o caprichado fichário A Era Hiboriana de A a Z, desta vez com informações sobre Armas e Armaduras da Era Hiboriana e Atlântida e a Era Pré-Cataclísmica, com ilustrações de Gary Kwapisz e Geof Isherwood.
Aliás, um dos grandes diferenciais na inevitável comparação entre a Mythos Editora e a Abril Jovem é essa preocupação da Mythos em fornecer sempre informações aos leitores de suas revistas, seja por meio de índices comentados, seções de cartas ou matérias especiais, coisa que a Abril Jovem (Editora Abril) só fazia lá pelos meados da década de oitenta e início da de 90.