Resenhas: Conan - o B�rbaro # 25

por Osvaldo Magalhães
em 07/10/2004

Título: CONAN, O BÁRBARO # 25 (Mythos Editora) - Revista mensal

Autores
: A Maldição do Feiticeiro - Roy Thomas (argumento), John Buscema & Joe Sinnot (arte);

Espadas das Estepes
- Roy Thomas (argumento), Mike Docherty & Alfredo Alcala (arte).

Preço: R$ 4,40


Número de Páginas
: 52

Data de Lançamento
: Fevereiro de 2004

Sinopse
: A Maldição do Feiticeiro - Atravessando o Território Assombrado do Reino da Fronteira, Conan encontra um feiticeiro exilado chamado Merdoramon, que o convence a entregar um amuleto místico a Themas Herklar, regente da província de Phalkar.

No caminho, Conan salva a donzela chamada Stefanya, cuja sobrevivência aparentemente está ligada à do feiticeiro Zoqquanor.

O Bárbaro enfrenta, ainda, um golem desajeitado de nome Shokkoth para resgatar o "corpo" comatoso do bruxo.



Espadas das Estepes
- Sem sentidos, em pleno deserto, após ter sido arrastado por um cavalo quase até a morte, Conan é despertado por um antigo companheiro de aventuras, um khitanês mudo chamado Turgohl.

Eles cavalgam juntos por algum tempo, até que o Cimério descobre o motivo pelo qual o khitanês se encontra naquelas planícies: ele fornece armas para os kozaks, um bando fora-da-lei que infesta as fronteiras turanianas.

O Bárbaro é aceito no grupo e, após uma trágica e desigual luta em uma aldeia - sendo ele um líder nato -, é eleito como o novo chefe dos Kozaks Bahari.


Comentários
: A capa da edição já dá uma boa idéia do que o conteúdo reserva para os ávidos Conanmaníacos, ou Discípulos do Aço, como os prefere chamar o editor da revista. Joe Jusko assina a belíssima e exuberante arte que já abrilhantou uma edição especial chamada A Espada Selvagem de Conan - As Melhores Histórias, publicada pela Editora Abril e que reuniu as ESCs 6 e 7 em um almanaque publicado lá pelos idos de 1984/1985.

A história clássica A Maldição do Feiticeiro, livre adaptação de um conto de Gardner F. Fox, traz uma das melhores histórias de Conan; e, sobretudo em seu final, vem com uma polêmica: as 5 últimas páginas (23 a 27) são totalmente inéditas no Brasil, já que as outras 20 já haviam sido publicadas por aqui em Conan o Bárbaro 45 (Abril Jovem - Jan/96).

O fato de a Editora Abril Jovem ter suprimido cinco páginas de uma história em quadrinhos é realmente um absurdo do ponto de vista editorial - e mais ainda do dos fãs.

Como diria Boris Casoy: "Isso... é uma... vergonha!"

Em O Brado dos Kozaks - Capítulo II: Espadas das Estepes, podemos observar, sem sombra de dúvidas, como Roy Thomas vem reutilizando antigos personagens para suas novas histórias - e muito bem por sinal.

Aliás, essa é uma das melhores, considerando que é a última da Conan the Barbarian, já que a revista foi cancelada naquele trágico número 275.

Essa aventura é de relevância ímpar na saga de Conan, pois mostra como ele assumiu, pela primeira vez, a liderança dos famigerados kozaks.

Outro ponto positivo para ela é o fato de a arte-final ser de Alfredo Alcala, um dos maiores mestres que já desenharam Conan.

O filipino Alfredo Alcala emprestava um drama intenso às histórias que ele desenhava ou finalizava esplendidamente. Os momentos mais memoráveis que os fãs recordam são os seus trabalhos em A Espada Selvagem de Conan com John Buscema. Seu estilo neo-clássico adicionado ao traço cru de Buscema, nos trouxe um sabor jamais experimentado nos quadrinhos de Conan.

Com Mike Docherty, entretanto, seu estilo está quase irreconhecível. Bem diferente, aliás, do trabalho da dupla em Os Guerreiros do Tempo (Graphic Marvel 15, Abril Jovem, Janeiro/93), onde Alcala impõe seu estilo marcante ao de Docherty.

Infelizmente, Alcala nos deixou ao morrer de câncer, em um triste sábado, dia 09 de abril de 2000, aos 74 anos.

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