em 07/10/2004
Nascida na Aquilônia com o nome de Merina, Valéria já nasceu órfã de mãe, que morreu ao dar a luz. Seu pai, Lorde Daquius, passou, então, a criar a criança.
Anos depois, Lorde Daquius - que era um nobre aquiloniano, estava tentando mediar um tratado de paz entre o rei de Turan e a cidade-estado de Khorusun. Ele contratou duas irmãs guerreiras, Sonja e Zora, como guarda-costas de sua filha Merina numa perigosa viagem através do Vilayet para concluir negociações em Aghrapur. Piratas atacam o navio, mas seu líder, Kirkos, ordena a retirada no momento em que os bucaneiros pareciam à beira da vitória (União de Sangue/ CB 8). Na capital de Turan, Zora ensina Merina a usar arco e flecha. Quando os piratas de Kirkos raptam Merina, lorde Daquius os persegue a bordo de um vaso de guerra turaniano com Sonja e Zora. Daquius descobre que Kirkos é seu irmão, exilado da Aquilônia, mas o capitão turaniano, enfurecido com a reconciliação entre o aquiloniano e um pirata, assassina o lorde. Merina vinga-o com uma flechada na cabeça do capitão. Zora também morre, alvejada por um arqueiro turaniano enquanto protegia Merina. A órfã Merina parte com Kirkos, que lhe dá um nome mais apropriado para uma pirata: Valéria. Com esse nome, anos depois, ela se tornará famosa como a mais ousada corsária do Mar do Oeste (O Mar que Rouba/ CB 10).
Durante os anos seguintes, Valéria aprende o uso da espada e da navegação até que seu tio Kirkos decide enviá-la de volta à Aquilônia, para viver com parentes de sua mãe. Ela viveu com um tio mesquinho durante alguns anos, até ele ir à falência e oferecer a loira em casamento a um rico homem de Kordava, a capital de Zíngara. Valéria consegue fugir antes do casamento, embarca em um navio, corta seus cabelos para se parecer com um garoto e assume um lugar na tripulação (Valéria da Irmandade Vermelha/ ESC 129). É provável que, nesta época, Valéria tenha conhecido o capitão vanir, Rogarth, o qual tratara-a como uma verdadeira filha (A Ilha da Perdição/ ESC 45).
Certo dia o navio mercante zíngaro em que Valéria estava é abordado pelas piratas barachos de Strombanni. O pirata faz duas adoráveis prisioneiras: Lady Morganis de Kordava e Valéria. Na ilha onde Tranicos, o Sanguinário, matou o exilado stígio Toth-Mekri e roubou seu tesouro, eles enfrentam o Devorador dos Mortos, que vive o bastante para quase pôr fim à carreira de Strom antes que Conan descubra seu segredo (O Devorador dos Mortos/ESC 107). Strombanni entra furtivamente em Messântia, capital portuária de Argos. Enquanto ele e Zarono saem a procura de um velho avarento que pode ter um mapa mostrando a localização do tesouro de Tranicos, Conan e Valéria levam Lady Morganis até a casa de Públio, um intermediário que Strom deseja que entre em contato com o marido de sua adorável prisioneira. Morganis, entretanto, se propõe a providenciar seu próprio resgate, lhes contando a localização em Messântia do Dragão de Kao Tsu, um ídolo valioso de um culto vendiano. O próprio culto vem à cidade recuperar seu ídolo. O confronto ocorre no Templo dos Mil Deuses, mas Conan e Valéria terminam apenas com um Dragão falso. Enquanto isso, o velho avarento é morto, e Strombanni e Zarono suspeitam um do outro do roubo do mapa. É uma rivalidade e uma suspeita que fingirão não existir nos anos que virão (Uma Noite em Messântia/ESC 108).
No caminho de volta as Ilhas Barachas, os piratas "resgatam" três belas donzelas cantando em um barco aberto à deriva, e as levam a Tortage. Mas as jovens mulheres têm um efeito insidioso na fortaleza, pois os piratas logo estão brigando entre si e geralmente se comportando como pecadores arrependidos. De fato, as donzelas os persuadem a exilar todas as outras mulheres de Tortage, inclusive Valéria (O Devorador de Almas/ESC 109).
Nessa época, Valéria assume o posto de imediato no galeão de Ortho, o Ruivo. Ela viveu muitas aventuras e perigos até que Ortho começou a desejar a bela loira aquiloniana. Mas como Valéria havia decidido viver uma vida de homem e se recusava a ter relações com eles, ela abandonou o navio certa noite quando estavam próximos à costa de Kush. Seguindo a nado para Zabhela, a única verdadeira cidade costeira de Kush. Lá ela conseguiu informações sobre um exército mercenário conhecido como "Companheiros Livres" e se juntou a uma caravana que seguia para Sukhmet. Nesse mesmo período, após saquear vários navios, tanto de Argos quanto de Zíngara, Conan acaba tendo seu navio afundado, por zíngaros, ao largo de Shem. Seguindo para Asgalun, ele se alista nos Companheiros Livres de Zarallo (apenas mais um grupo de mercenários com esse nome). Zarallo conduz sua tropa para a fronteira de Darfar com a Stygia, na cidade de Sukhmet. Durante uma patrulha de reconhecimento, Conan acaba salvando uma caravana do ataque dos selvagens darfaris e descobre que Valéria estava no comando da caravana. Após enfrentarem mais alguns selvagens canibais Conan e Valéria chegam a Sukhmet, onde a aquiloniana se alista nos Companheiros Livres. Ao resistir aos avanços de um oficial, a loira acaba matando seu superior e foge. Valéria é perseguida pelo irmão do oficial morto, mas nem fica sabendo, pois Conan mata o homem antes que esse encontrasse a loira (Espadas de Sukhmet/ ESC 129). Conan acaba alcançando Valéria na floresta próxima a Suchotl, uma misteriosa cidadela, onde os dois adentram após Conan matar um dragão que rondava a floresta. Dentro da cidadela, a dupla se envolve numa rixa de décadas entre os xotalancas e os tecuhltlis, duas facções que habitavam Suchotl. Quando Conan e Valéria deixaram a cidadela seus habitantes já estavam extintos (A Cidadela dos Condenados/ ESC 2). Seguindo cada vez mais para o sul, a dupla se envolve novamente com uma rixa entre povos, desta vez são os ilhéus ichiribus contra os nativos kwanyis. Considerados espíritos enviados pelos deuses, Conan e Valéria ajudam os ichiribus a derrotar seus inimigos, mas não saem de mãos vazias (Conan e os Deuses da Montanha/ ESC 122 a 124). Perdidos na floresta tropical, Conan e Valéria são resgatados por um feiticeiro capaz de controlar crocodilos e mais uma vez se envolvem numa disputa entre duas tribos (Rio de Sangue/ ESC 191).
Após finalmente deixarem a selva, Valéria e Conan se separam. Valéria reencontra Conan meses depois na Terra dos Pictos, quando os dois ouvem falar de uma cidade perdida e um tesouro. O tesouro é encontrado, mas a cidade perdida é também o abrigo de um monstro. (No Covil do Deus-Lagarto/ESC 150). O Bárbaro acompanha Valéria de volta ao mar, onde ela está exercendo seu primeiro comando. Ela debela um motim e iça as velas com Conan a bordo. Logo, após uma batalha contra uma galera aquiloniana, Valéria ancora em uma estranha ilha habitada por servos zumbis de uma planta malévola que produz imitações de humanos absorvendo corpos vivos e os reproduzindo em vagens. (Jardim de Sangue/ESC 150).
Depois dessas aventuras, Valéria se alia a um capitão chamado Gowar e é traída quando chega a uma ilha perdida no Mar do Oeste. A loira foge para a mata e encontra um náufrago argoseano chamado Metallus. Juntos eles enfrentam os perigosos piratas em busca de um fabuloso tesouro escondido na ilha e por pouco não perecem. Os dois são resgatados por um navio mercante e Valéria, depois de algum tempo em Messântia, retorna à pirataria (Ilha da Perdição/ESC 45).
Cansada do mar e sentindo saudades de sua terra natal, Valéria ruma para a Aquilônia. Saindo de Messântia, Valéria encontra um viajante quase morto, que havia sido roubado na estrada. A guerreira de cabelos dourados cuida do ferido para em seguida acompanhá-lo numa vingança (Renascido do Ódio/ESC 83).
Ela sobreviveu precariamente durante algum tempo em Tarântia, até que um trio de rebeldes, o Conde Trocero de Poitain, seu general, Lorde Prospero, e Dexitheus, um sacerdote de Mitra, a encontram em uma taverna e a contratam para resgatar Conan, que estava preso na Torre de Ferro. Depois disto, ela e Conan se separam novamente - ela volta ao mar, e ele segue para os Pântanos Bossonianos, para incitar a revolta de seu velho Regimento Leão contra o tirânico Numedides (Na Torre de Ferro/ESC 116).
Esta foi a última aventura da saga de Valéria narrada nestas crônicas antigas.