Matérias e Entrevistas: As fases de Conan em suas edições brasileiras

por Osvaldo Magalhães
em 07/10/2004

- A Espada Selvagem de Conan:

Em seus primórdios (e lá se vão quase 20 anos), era excelente! Roteiros de nível muito superior à época, conquanto que eram adaptados de contos de Howard/De Camp. Essa fase de adaptações ininterruptas (com raras exceções) durou até a edição 40, quando Conan foi coroado Rei da Aquilônia. Daí até a edição 57 estendeu-se a longa saga da Rainha da Costa Negra, que teve momentos gloriosos e outros nem tanto. Do # 58 ao 99 a revista alternou boas histórias com outras tantas ruins (isso quando comparamos com as primeiras histórias da dupla Thomas/Buscema - a fase antiga -, pois os fãs mais novos apreciam muito essa fase - e isso deve ser respeitado, independente da opinião de cada um). Do 100 ao 134 vimos a volta de Roy Thomas e John Buscema, mas como a revista foi cancelada nos EUA, tivemos que aturar a volta de histórias da década de 80/90 um pouco inferiores. A revista ganhou novo fôlego quando a Abril Jovem passou a publicar as minisséries que saíram em meados da década de 90 (189 a 195) e logo após quando começou a republicação da fase clássica de Thomas/Smith, até seu fatídico cancelamento na edição 205. Logo após a Mythos deu continuidade à fase clássica com a nova revista Conan, o Bárbaro.

- Conan, o Bárbaro (Abril Jovem):

Revista em formatinho, colorida. Começou com as histórias anteriores à saga de Bêlit até a saída de Roy Thomas do título. Michael Fleischer e Bruce Jones se alternaram com histórias fracas até a edição 23, quando James Owsley entrou na dança e elevou um pouco o nível das histórias com tramas bem elaboradas. No último ano da revista, Thomas estava de volta (na mesma época de seu retorno à ESC) e tudo acabou na edição 59 - a continuação dessas histórias são as inéditas que estamos acompanhando na CB da Mythos.

- Conan, o Aventureiro:

Projeto ambicioso da Marvel que foi mal elaborado e não vingou. Por aqui teve 5 edições. Vale a pena ler, só por curiosidade.

- Conan Saga:

Com 17 edições, formato ESC, 100 páginas trimestrais, P&B. Com altos e baixos, mostrou histórias importantes como A Fênix na Espada e A Estrada das Águias, ambas de Howard. As histórias eram todas clássicas, em sua maioria de Michael Fleischer e John Buscema.

- Conan em Cores:

Na época do auge da ESC, era uma revista anual (por vezes semestral) que mostrava histórias coloridas e Graphics Novels do cimério. As 6 primeiras edições foram boas. A 11 mostrou a clássica e inesquecível Conan das Ilhas (a última aventura de Conan). A última revista, #13, mostrou uma aventura do rei Kull, com a bela arte de Tony DeZuñiga.

- Conan Rei:

Da década de 90, com 24 edições, colorida, formato americano. Até a edição 13 vale a pena ler, depois inicia-se uma macro saga decadente e cheia de contradições com a saga original de Howard, onde Conan cria um império, anexando até mesmo reinos como a Nemédia. Na minha opinião, uma saga ridícula tanto nos textos como na arte.

- Rei Conan:

Revista de 8 edições, colorida, em formatinho, que mostrou as histórias
restantes de Conan Rei. As 2 primeiras edições são de Thomas/Buscema. As outras não valem a pena gastar seus suados cobres para ler.

- Graphic Marvel:

Os números 12 e 15 mostraram histórias grandiosas do cimério. Vale a pena procurar.

- Conan the Legend - Dark Horse

Sobre a nova revista da Dark Horse, acredito que seguirá o perfil
howardiano, ou seja, uma alternância de histórias de monstros, magos, mulheres bonitas, intrigas e muitas e boas batalhas e lutas, tudo na medida certa.

Fonte: Grupo Espada Selvagem (br.groups.yahoo.com/group/espadaselvagem/, em 24/02/2004)

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